segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eleição para reitor da Ufac

Rebentos, Rebanhos
e Marias Redentoras
Gerson Rodrigues de Albuquerque*


“Flutuando como água... você vai em frente com rapidez, jamais
enfrentando a corrente nem parando o suficiente para ficar estagnado
ou se grudar às margens ou às rochas – propriedades, situações
ou pessoas que passam por sua vida -, nem mesmo tentando agarrar-se
a suas opiniões ou visões de mundo, apenas se ligando ligeiramente, mas com
inteligência, a qualquer coisa que se apresente enquanto você passa e depois
deixando-a ir embora graciosamente sem apegar-se...”
(Lao Tse, citado por Zygmunt Balman, Vida Líquida, 2007; 11).

A Universidade Federal do Acre vive, mais uma vez, um clima de disputas e divisão interna entre grupos que se digladiam pelo controle da reitoria e, portanto, do mais alto Cargo de Direção dessa Ifes. Característico do processo em curso, no entanto, tem sido o grande empenho com que as professoras que lançaram suas candidaturas, seus articuladores e apoiadores têm se debruçado na definição e/ou ampliação de um leque de alianças – é assim que se fala na política partidária – que defina a eleição antes da eleição, sem discussão ou na base do reflexo que cerceia a reflexão, numa clara demonstração de que o interesse maior, nem de longe é com a universidade.

A queima de fogos de artifício e congratulações a cada nova adesão entre os dois principais grupos, até o momento interessados na “gestão da Ufac”, o lançamento formal e informal de candidaturas a reitor(a) e a vice-reitor(a), bem como a “partilha” dos cargos de pró-reitores pelo critério da correlação de forças internas aos grupos, o curioso surgimento de camisetas, bottons, adesivos, folders, faixas, banners, balões coloridos, entre outros, em um contexto onde sequer foram definidas e publicadas as regras eleitorais com critérios claros e democráticos, universo de votantes, natureza do voto, locais das sessões, Comissão Eleitoral, prazos para inscrição, data da eleição, escrutínio, caráter e limites para a campanha/propaganda eleitoral, entre outros, fundamentais para nortear qualquer processo eleitoral – em especial quando se trata de instituições públicas - constituem-se, também, como um escandaloso indício de que a última coisa que interessa é a Universidade Federal do Acre.

As duas principais candidatas, seus vices e respectivos grupos, para amenizar o fato de que “o carro saiu na frente dos bois”, vez em quando, se intitulam como “pré-candidatas”, numa grosseira simulação da política partidária brasileira. Esquecem, no entanto, que as “pré-candidaturas” são lançadas para as convenções dos partidos que definem quem serão seus candidatos pelos mais variados e “democráticos” métodos e, fundamentalmente, seguindo as regras, condições e prazos estabelecidos para cada certame. Somente depois de cumprida essa etapa é que as candidaturas são lançadas e tem-se início a propaganda eleitoral.

Nas duas últimas semanas de junho, circularam, em formato eletrônico, as “cartas de apresentação” das duas candidatas. A primeira, assinada pela professora Margarida Carvalho, pregando mudanças, embora a professora em questão tenha sido parte constitutiva da atual gestão - nos últimos quatro anos - e, o que é inexplicável, sem ter dito uma única palavra, uma mísera manifestaçãozinha pública de descontentamento ou discórdia quanto aos rumos da instituição ou das práticas, palavras e atos de seus gestores, da qual a mesma integrou seu primeiro escalão à frente da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.

A segunda, assinada pela professora Olinda Batista – também integrante da atual gestão na condição de vice-reitora -, ancorada no estapafúrdio slogan “para avançar mais”, subestima nossa capacidade de ver e sentir as coisas. Avançar o que? A adesão da Ufac aos programas de desmonte da universidade pública, levado a cabo pelo governo Lula da Silva, a exemplo do Reuni? Avançar no silenciamento dos fóruns de deliberação interna de nossa instituição e na varredura do “lixo para debaixo do tapete”, a exemplo dos já clássicos “erros protocolares” em certames públicos internos e externos, como o do Edital Pibic 2006-07 ou em concursos para professores e técnicos administrativos, ao longo dos últimos quatro anos?

O que provoca estranhamento é assistir como um amplo conjunto de colegas professores doutores e mestres, além de funcionários e estudantes se posicionam com naturalidade frente ao que está em curso no interior dessa Instituição de Ensino Superior, aderindo a uma ou outra candidatura, assumindo os símbolos, slogans e signos de suas campanhas, sem tecer comentários ou reflexões sobre seus significados. É como se o lançamento de candidaturas com suas propostas “salvacionistas”, ancoradas na distribuição de camisetas, adesivos, bottons, folders, cartas e a colagem de faixas e banners fosse a coisa mais natural do mundo. Mais ainda, como se isso fizesse parte de nossos pressupostos mentais, nossas possibilidades de compreensão e posicionamento no mundo.

No mínimo, valeria a pena um questionamento público sobre a origem dos recursos que anunciam e vendem como “produtos de última geração”, candidaturas de um processo que sequer foi instalado pela devidos órgãos deliberativos da instituição. Qualquer estudante da Ufac que se proponha realizar uma atividade de arrecadação de fundos, como vender bilhetes de rifas para organizar “festa” de formatura, comprar uma bicicleta para o colega que não tem como se deslocar até o campus universitário, participar de um congresso fora do Estado ou publicar um informativo de seu Centro ou Diretório Acadêmico, sabe o quanto é difícil conseguir a colaboração voluntária de professores e técnicos, mesmo quando o preço da rifa é de um real.

Na Ufac, em outras eleições, articulações e “ajuntamentos” de grupos e interesses sempre existiram, mas as candidaturas eram lançadas com base em processos definidos e de acordo com regras públicas e previamente estabelecidas, como em qualquer outra eleição. Desta feita, porém, as coisas tomaram outros rumos e as cartas das “pré-candidatas”, paradoxalmente firmadas na condição de candidatas, atestam o afã e a ansiedade de se definir tudo por outros caminhos, subordinando os mais importantes órgãos de deliberação da instituição à condição de meros “homologadores” de articulações, acordos e decisões de outras instâncias, algumas delas obscuras e alheias ao cotidiano e a realidade acadêmica.

Em abril de 2008, lançamos um manifesto pelo voto paritário, como elemento inicial para a reflexão sobre a sucessão na reitoria. Esse documento envelheceu precocemente. Não pela falta de coerência em seus argumentos e tese central, posto que ainda acreditamos que o voto paritário é a melhor alternativa em processos de eleição para reitor. No entanto, a honesta opinião pública do professor Ronaldo Melo e a conveniência como essa questão passou a ser tratada, aliada ao fato de que a quase totalidade dos envolvidos nas discussões sobre a sucessão na reitoria estavam e estão voltados para a definição de nomes e blocos eleitoreiros, deixando a reflexão sobre a atual situação e os rumos da universidade para último plano, nos levaram a priorizar uma outra discussão e colocar outras questões para o debate: qual universidade queremos? Voto paritário para que? Para, plebiscitariamente, homologar candidaturas de ocasião? Para manter a Ufac omissa frente aos grandes problemas que atingem as populações que vivem nessa parte da Amazônia? Para continuarmos seguindo à risca os pacotes e portarias governamentais que desmontam a universidade pública no Brasil? Para ampliarmos o fosso que nos separa da sociedade e da defesa de um mundo mais justo, igualitário e livre para todos? Para “avançar mais” na prática de tratar o “outro”, o “diferente”, o “anormal”, como incapaz e destinarmos a ele nossa “fraternidade piedosa” e nossa “tolerância” em recebê-lo como “igual” em nossos ambientes de “normalidade” e “racionalidade”?

Creio que as atuais candidaturas a sucessão do professor Jonas Filho na reitoria da Ufac nada têm a nos dizer, na proporção em que não apenas suas trajetórias recentes foram de silêncio e omissão frente aos inúmeros ataques sofridos pela universidade, mas, principalmente, porque partem da mesma lógica de apego a cargos de mandos e desmandos na administração pública e de tratar como dispensáveis as instâncias deliberativas e a prática do debate aberto, público na definição de processos e certames no interior dessa instituição.

Quem esteve participando da última greve da categoria de professores, em 2005, uma das mais difíceis e conturbadas da história do movimento docente, deve lembrar o quanto as duas reitoráveis foram “democráticas” em diferentes momentos dos mais de cem dias de paralisação: a pró-reitora fingindo-se de “surda” e “desentendida” frente às decisões de nossas assembléias no tocante ao funcionamento de programas interinstitucionais e ações de pós-graduação e pesquisa; a vice-reitora tocando em frente a participação da Ufac na “ressurreição” do nefasto Projeto Rondon, herança da ditadura militar, completamente a margem do debate e das decisões dos órgãos colegiados.

Mas que importância tem o passado, mesmo que ele não seja tão passado assim? A incrível forma como colegas professores, com históricos procedimentos e opiniões no interior da Ufac, se articulam nos mesmos blocos e grupos com outros colegas professores, cujos procedimentos e opiniões são completamente diferentes e mesmo antagônicos aos seus, nos faz pensar que tempos mais sombrios virão pela frente.

A palavra “democracia”, desgastada e esvaziada de significados, está sendo utilizada como um clichê para ocultar que nossas escolhas no processo que ainda vai se instalar, não obstante aos choques de vaidades e sentimentos durante as reuniões do Conselho Universitário, já estão definidas. Não importa a natureza do voto: se proporcional com o “generoso” peso de 70% para os docentes, se proporcional paritário ou se universal, a palavra de ordem será: façam suas escolhas na candidatura 1 ou na candidatura 2. Porém, não devemos esquecer que elas já estão escolhidas e lançadas, independentemente das regras, da natureza do voto, dos prazos, do universo de eleitores e votantes, das propostas e da própria sobrevivência da universidade pública, gratuita e de qualidade.

Diante de nós, o horizonte e seus desafios. Muitos escolheram o caminho das “ligações frouxas”, incorporando aqui as reflexões do sociólogo polonês Zigmunt Bauman, em seu livro “Vida Líquida”, onde “compromissos revogáveis são os preceitos que orientam tudo aquilo em que se engajam e a que se apegam”. Para eles, as experiências e as lições da vida vivida no interior da Ufac – no passado e no presente – de nada valem: “avançar mais” é “possível”. “Acredite” nisso, mesmo sem saber para onde você está “avançando” – ou se está mesmo “avançando” - e na companhia de quem.

No horizonte, a redenção virá pelas mãos femininas. As redentoras, como resultado de uma alquimia que funde “diferentes” credos e interesses, tornaram-se “puras” e “predestinadas” a “civilizar” a “barbárie”. Os rebentos salvadores são projetos orquestrados milimetricamente para contemplar os agregados e agradar aos próprios ouvidos e aos ouvidos dos eleitores e votantes. Estes, tratados como rebanhos ouvirão sons em a-cor-des da re-pe-ti-ção ininterrupta dos slogans e palavras de ordens que deve lhes propiciar “bem estar”, enquanto seguem conformados e felizes seus pastores - intermediários entre eles e as redentoras. Os olhos dos que se deixarem tratar como rebanhos, ávidos de desejos – como diria Drumond – nada deverão questionar e se inundarão com as cores de fantasmagóricos lançamentos de candidaturas que, como se estivessem sobre esteiras para exames ergométricos, correrão a plenos pulmões para provar que são saudáveis, mas sem sair do lugar.

Aos que não se dobram frente ao cômodo “quem não tem cão caça com gato” - sabedores como inúmeras mulheres e homens amazônicos que existem “mil maneiras de caçar” - cansados de repetir a máxima do “esmagai a infâmia” de Voltaire, restará manter a dúvida e a capacidade de dizer não, cientes, mas sem se desesperar como Stefan Zweig que “a cada dia surgirão infâmias piores que as do dia anterior”.

* Gerson Rodrigues de Albuquerque, professor do Centro de Educação, Letras e Artes da Ufac

Porta de banheiro

Política na "M..."Depois os políticos reclamam quando as pessoas dizem que eles são uma “M..."

Este aviso está afixado no banheiro da Câmara de Vereadores de Rodrigues Alves.

Foi fotografado pelo gestor de políticas públicas Evilásio Lima dos Santos, que tem um blog no endereço eletrônico
http://www.guiadojurua.com.br/farofino.

Esses vereadores não têm do que reclamar se os eleitores derem descarga nos seus mandatos. Afinal, o nível dos debates na casa legislativa deve ser o mesmo do mostrado na porta do banheiro.

Mercadoria democrática

Punição para comprador
e vendedor de voto
É correto é legítimo a Justiça Eleitoral querer punir com os rigores da lei os candidatos que compram votos.

É pena que o mesmo raciocínio não seja aplicado para quem vende.
Afinal, sem dúvida alguma, há mais vendedores do que compradores.

Esse rigor todo contra os compradores é por um motivo simples: a Justiça Eleitoral não tem estrutura para conseguir identificar os vendedores.

É mais fácil focar as atenções em determinados candidatos que já tenham a fama de bons negociadores do instrumento mais valioso da democracia.

Nesse caso de compra e venda de voto, a Justiça Eleitoral funciona como uma espécie de Procon.

A diferença é que os punidos são os compradores, em vez dos vendedores. A lei do mercado é aplicada de forma inversa.

Confusão em Feijó

Juarez Leitão se articula;
Francimar pressiona assessores
O presidente da Câmara de Vereadores de Feijó, Marcos Cavalcante (PSB), será o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado estadual Juarez Leitão (PT). A convenção que homologará as candidaturas será realizada hoje.

Insatisfeito com a escolha de Juarez Leitão, o prefeito Francimar Fernandes (PT) ameaçou cruzar os braços em relação à disputa. Leitão concorrerá contra o tucano Dindin, que terá Pelé como vice.

Francimar Fernandes pode até cruzar os braços, mas está agindo. Chegou de Feijó a informação de que o prefeito exigiu que todos os seus secretários e assessores que são filiados ao PT peçam desfiliação do partido, caso queiram se manter no cargo.

Segmentos políticos feijoenses esperam que Francimar Fernandes também tenha coragem para mandar a sua ficha de desfiliação. Também esperam que ele exigia o mesmo gesto dos seus aliados políticos, principalmente os vereadores.

Além da confusão com Fernandes, um dos assuntos mais debatidos quando da definição da candidatura de Juarez Leitão a prefeito de Feijó foi a possibilidade de o ex-deputado Roberto Filho (PP), em caso de vitória do petista, assumir o mandato por dois anos.

Os estrategistas temem que o fato acabe respingando nas lideranças da FPA, em particular no governador Binho Marques.

Artigo da Marina

MARINA SILVA
De feliz memória

NOS IDOS de 1995, o Acre vivia um dos períodos mais truculentos de sua história política. Esquadrão da morte, assassinatos brutais, perseguições. Jorge Viana era prefeito de Rio Branco e eu senadora em primeiro mandato.

Nesse período, convidamos Ruth Cardoso para conhecer nossos programas sociais. Alguns acharam a iniciativa sem cabimento, pois poderia dar gás à oposição local, aliada do governo federal. Para a oposição, não tinha cabimento era dona Ruth dar força para o PT.

Ela foi assim mesmo. Na noite em que chegou, fez questão de parar na feirinha de artesanato, em frente à catedral, e comprou um colar de coquinho mulungu, feito pelos índios.

No outro dia, no almoço em sua homenagem, a maioria foi vestida com certa cerimônia, apesar do calor danado. Dona Ruth entrou de calça comprida, camiseta branca de malha e, de jóia, apenas o colarzinho de mulungu. Deixou todo mundo à vontade. Quem estava ali era a autoridade acadêmica que não se escondia atrás da cátedra e a primeira-dama que não gostava de pompas. Tinha olhar direto, escuta genuína, compromisso.

De outra vez, queríamos criar o programa Amazônia Solidária. Ela colocou técnicos do Comunidade Solidária para ajudar a formatar a idéia, que resultou no Prodex, a primeira linha de crédito para extrativistas na Amazônia. A demarcação da terra indígena Raposa/ Serra do Sol também deve muito a dona Ruth.

Em três momentos, foi emblemática para o Acre a presença de pessoas cujo apoio mostrou que não estávamos sós. Em 1980, Lula, quando Wilson Pinheiro foi assassinado. Em 1988, Al Gore, logo após a morte de Chico Mendes. Em 1995, quando estávamos à mercê do Esquadrão da Morte, Fernando Henrique e Ruth Cardoso foram fundamentais para ajudar o Acre a fazer uma transição histórica.

A visita de dona Ruth foi o símbolo dessa atitude, que estimulou o PSDB a entrar na aliança que elegeu Jorge Viana governador em 1998. O presidente e dona Ruth deixaram claro que, naquela hora, as pessoas de bem deveriam ter um lado e não apenas um partido.

A ligação entre esses momentos é terem sido fruto da diluição das fronteiras políticas por meio de um alinhamento ético, suprapartidário, generoso.

No velório de dona Ruth, pensei em como, mais uma vez, ela foi artífice de uma trégua civilizada que trouxe à tona o que une e não o que divide. A perda desta pessoa tão preciosa impõe uma reflexão: a luta pelo poder é mais importante do que juntar forças para objetivos comuns? Se conseguimos no Acre, por que não no Brasil?

contatomarinasilva@uol.com.br

sábado, 28 de junho de 2008

Eleições 2008

Um sábado dedicado à democracia
Hoje foi um sábado diferente no Acre inteiro. Pode-se dizer que foi um Sábado da Democracia.

Os partidos reuniram suas militâncias para homologar os nomes dos candidatos a prefeitos e vereadores. Foi uma festa. Como é bom ter a liberdade de escolher os mandatários dos seus municípios e os vereadores!

Raimundo Angelim (PT) e a FPA deram demonstração de força e poderio de fogo eleitoral.

O Centro Empresarial do Sebrae ficou pequeno para receber tanta gente com camisa vermelha. É certo que faltou mais povo. Havia muitos funcionários comissionados presentes. O que é normal.

Os dois lados da Avenida Ceará foram tomados pelos veículos das pessoas que foram à convenção da FPA. Dava para perceber claramente como a vida de muitas pessoas melhoraram.

Essa quantidade de veículos não é apenas porque ficou mais fácil as pessoas das classes populares adquirirem veículos. É porque os salários aumentaram e os comissionados estão ganhando muito bem.

Mais uma coisa tem que ser ressaltada: os guardas da Companhia de Trânsito não pouparam os proprietários dos veículos estacionados em locais impróprios, como nas paradas de ônibus.

As multas foram aplicadas como determina a lei. É pouco provável que haja reclamação. Será encarado como sacrifico de campanha.

Adversário apontado como o mais forte para enfrentar Angelim, o deputado federal Sérgio Petecão (PMN) não teve uma convenção tão grandiosa.

Não teve carros para ser multado. A maioria da pessoas chegou à sede do Rio Branco Futebol Clube de ônibus de linha.

Petecão optou pela caminhada da casa da mãe de Flaviano Melo (PMDB) até a sede de Rio Branco. O candidato a prefeito foi acompanhado de populares, candidatos a vereadores, do companheiro de chapa Edilson Cadaxo, do deputado federal Flaviano Melo e do ex-deputado Marcio Bittar (PPS).

Os idealizadores da campanha de Sérgio Petecão, ao contrário de outros candidatos do passado pela oposição, não abrirão do tocar o hino acreano nos seus eventos. Isso foi o que ficou patente na convenção, que começou com a bela música.

A verdade é que as candidaturas de Raimundo Angelim (PT) e Sérgio Petecão (PMN) caminham para ser polarizadas até dentro de famílias. A Cadaxo, por exemplo, tem representantes nas duas coligações. Outro exemplo é a de Júnior Betão (PR) e da vereadora Bete Pinheiro (PPS).

Para quem compareceu as convenções que homologaram as candidaturas de Raimundo Angelim (PT) e Sérgio Petecão (PMN) a prefeito de Rio Branco ficou evidenciado o perfil dos eleitores de cada um. O petista tem penetração na classe média. O mobilizador, como o slogan aponta, tem eleitores mais populares.

Vai ser uma boa briga.

A foto é de Marcos Vicentti.


Cabide

Um homem experiente em balsaManoel Valdir de Souza é conhecido por todos como Cabide.

Este ano, concorrerá pela 16ª a um cargo eletivo. Se tivesse vencido, estaria ao menos no quarto mandato.

Cabide é novamente candidato a vereador pelo PTC. É um experiente viajante da balsa para Manacapuru.

Desta vez, jura que ficará em terra firme. Na foto ele pede o voto da deputada federal Perpétua Almeida (PC do B). Eis um dos motivos para as suas constantes derrotas: pede o voto de pessoas erradas. A parlamentar tem candidato comunistas para escolher.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

À sombra do apuíOs líderes da coligação 100% Popular retornaram ao apuí do Terminal Urbano, onde a coligação PMN/PMDB/PPS foi formalizada.

Desta vez, o ex-deputado federal Marcio Bittar (PPS) posou ao lado dos deputados federais Sérgio Petecão (PMN) e Flaviano Melo (PMDB). Na imagem também aparece o engenheiro peemedebista Edilson Cadaxo, pré-candidato a vice-prefeito.

Os opositores querem mandar os seus adversários embarcar para Manacapuru em outubro partindo de outro apuí, também chamado de Gameleira. Não vai ser tarefa fácil.

Será necessário muito mais que essa garrafada que aparece atrás para atingir o objetivo.
A foto é de Marcos Vicentti.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Angelim nas nuvens
O pessoal da FPA está com uma pesquisa fresquinha nas mãos. Há um pouco de euforia com os resultados em favor de Raimundo Angelim.

Segundo um dirigente, o prefeito está com a performance de ótimo e bom no topo.

“Se a eleição fosse hoje, nós venceríamos no primeiro turno com dez pontos à frente”, revelou.
Aliança no meio da rua
A aliança PMN/PMDB/PPS será oficializada amanhã, às 10 horas.

Os dirigentes partidários não farão um ato em ambiente fechado. Escolheram o Calçadão da Benjamin Constant, nas proximidades do Colégio Acreano.

Estarão presentes os deputados federais Flaviano Melo, Sérgio Petecão e vários outros parlamentares. O pepessista Marcio Bittar não comparecerá. Está em Manaus.

Sérgio Petecão (PMN), que deverá ter um peemedebista como vice, venceu outra por goleada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Por sete a zero, os juízes julgaram improcedente a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo movida pelo empresário Narciso Mendes.

Os membros da corte entenderam que faltavam provas suficientes para condenar o deputado.

Está livre para fazer campanha.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Venha ser jornalistaHoje há faculdades de jornalismo no Acre, mas nem sempre foi assim.

A profissão era tão pouca atrativa, que os editores publicavam anúncios como esses na capa dos jornais.

Essa raridade foi publicada na edição do jornal O Rio Branco, em setembro de 1974.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Perda de mandato

Petecão no banco dos réus
Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se reunirão nesta quarta-feira para julgar a Ação de Impugnação de Mandato movida pelo empresário Narciso Mendes (PDT) contra o deputado federal Sérgio Petecão.

Os fatos, as testemunhas e o acusador são os mesmos da ação que o parlamentar foi absolvido no ano passado.

Ano passado, quando Narciso Mendes ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, Sérgio Petecão foi absolvido por unanimidade pela Justiça Eleitoral.

É pouco provável que, sem fatos novos, o resultado de hoje seja diferente.

Embora seja pouco provável, no julgamento de hoje pode acontecer até a cassação de Sérgio Petecão. Essa seria uma decisão que não agradaria em nada aos adversários políticos do deputado federal.

Petecão é pré-candidato a prefeito de Rio Branco. Um resultado desfavorável lhe tornaria, imediatamente, em vítima. O povo sempre protege quem considera injustiçado.

Novo horário e a revolução
O Acre terá um dia sem meia-noite. Será no dia 23, quando o acreano sairá das 23 horas direto para 1 hora do dia 24. Como diz a propaganda oficial, a partir desta data estaremos mais “integrados ao resto do país”. Tá bom, cheiroso!

As peças publicitárias criadas para tentar explicar a mudança de horário no Acre confundem mais do que explicam. Em vez daquele blábláblá sobre a história e os ideais revolucionários, as peças deveriam ir direto ao ponto. Os publicitários, na verdade, foram pautados pelos críticos da mudança. Esqueceram que o grosso da população, que será diretamente atingido, nem acesso à internet tem.

No mais, o editor do blog se considera minimamente informado sobre a história da Revolução Acreana.

Li muitos livros, mas não conseguir ver algo que vincule o fuso horário aos ideais revolucionários do nosso povo. É o tipo de comparação fora de hora e de tempo.

Socorro ao SamuAté os veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) necessitam ser socorridos.

Este ai resolveu dar “prego” em frente ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), às 8 horas da manhã de hoje.

Ainda deu tempo de trazer um paciente para ser atendido, antes de ser rebocado para a UTI dos automóveis.


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Pisante do Tchê

Sapato e fita crepe
no pé do deputado
Todo mundo diz que deputado ganha bem.

Esse não parece ser o caso de José Luiz Tchê (PMN). O parlamentar compareceu à solenidade que descentralizou os recursos para as unidades de Saúde do Estado com o sapato nestas condições que você está vendo.

O gaúcho jura que o solado do pisante descolou no instante em que chegava à Secretaria de Educação.

Como não podia retornar para casa, a fim de trocar o calçado, improvisou com fita crepe, que estava “reservada” para emergências como essas.



Candidaturas em
Sena Madureira definidas
Nem PMDB nem PPS. O vice de Toinha Vieira (PSDB) na corrida pela prefeitura de Sena Madureira será o policial rodoviário federal Gehlen Diniz, do PRP. A decisão foi tomada hoje, numa reunião na Câmara de Vereadores.

A escolha de Gehlen Diniz contou com o aval de pré-candidatos peemedebistas e pepessistas. Também teve a chancela dos dois deputados estaduais mais bem votados em Sena Madureira: Gilberto Diniz (PT do B) e Mazinho Serafim (sem partido).

Gilberto Diniz e Mazinho Serafim hoje estão fortalecendo Toinha Vieira contra o prefeito Nilson Areal (PR). Os parlamentares, no entanto, devem lembrar que estão fortalecendo um adversário político para 2010. Ou alguém duvida que, caso seja eleita prefeita, a tucana não tentará pôr o seu esposo, o ex-deputado José Vieira, de volta na Aleac?

Do outro lado, já definidos como candidatos da FPA, o prefeito Nilson Areal e o vereador Jairo Cassiano (PMN) virão a Rio Branco esta semana para tratar de assuntos relacionados à campanha.

Dia 29, farão a convenção na Associação Atlética Banco do Brasil.
Explicação do TJ
A assessoria do Tribunal de Justiça telefonou ao editor do blog para explicar o porquê de o senador Tião Viana (PT) e o prefeito Raimundo Angelim não terem sido chamados para compor o local de honra na inauguração do Palácio da Justiça, na noite de sexta-feira.

As explicações do diretor-geral, Neto Thaumaturgo, convenceram.

Segundo Neto Thaumaturgo, o cerimonial do Tribunal de Justiça conversou com Tião Viana, que declinou ao convite porque estava como cicerone do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, é precisava acompanhá-lo numa palestra no auditório da Secretaria de Estado de Educação.

“Ele falou que não foi a caráter – de paletó – porque teria que sair”, explicou Thaumaturgo.

Quanto à não-presença de Raimundo Angelim, o diretor-geral informou que o prefeito estava muito gripado e, como não iria discursar nem descerrar a fita de inauguração, preferiu permanecer sentado.

Rodovia Edmundo Pinto
No dia 19 de maio, o presidente Lula sancionou a Lei Nº 11.676, que denomina Governador Edmundo Pinto o trecho da BR-364 entre Porto Velho e Rio Branco.

A sanção ocorreu dois dias após completar 16 anos do assassinato do jovem governante, em circunstâncias misteriosas, num hotel de luxo em São Paulo.

O que causou estranheza foi que um fato desta natureza, uma homenagem tão importante, não ter merecido destaque na imprensa acreana. Neste caso cabe a máxima: Herói morto, herói posto.

Foi no governo de Pinto que a pavimentação asfáltica do trecho foi concluída.
Leia o texto da lei aqui.

Artigo da Marina

MARINA SILVA
Militantes da civilização
NA SEMANA PASSADA o Congresso brasileiro recebeu dois grandes homens: um bengalês e um indiano, ambos cidadãos do mundo. Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz de 2006, criador do Banco da Aldeia, que deu aos pobres microcrédito e oportunidade de gerar emprego e renda. Rajendra Pachauri, Nobel da Paz em 2007 como chefe do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que demonstrou a gravidade do aquecimento global e a urgência de medidas para controlar seus efeitos.

É paradoxal a singeleza com que trazem uma pororoca de desafios que a humanidade não pode banalizar nem deles fugir. Ao lado de seus temas específicos -pobreza e mudanças climáticas-, Yunus e Pachauri são portadores do grande tema oculto de nosso tempo: a coragem, tanto para mudar quanto para manter o que tem que ser mantido. A sociedade de consumo, amplamente vitoriosa, nos impõe uma derrota acachapante: o fatalismo, a crença de que o mundo é assim mesmo, atracado a um conceito de civilização assustador, cuja medida de avanço é o aumento da capacidade de consumir. Quanto trabalho humano e quanto em recursos naturais e energia são gastos para multiplicar consumo perdulário?

Não fosse nosso insustentável desejo de ter, essa força monumental poderia ser redirecionada para dar habitação digna, saúde, alimentação, educação e meio ambiente equilibrado para todos.

Fatalismo pode ser explicação plausível para tanta inércia diante do que podemos chamar de Consenso dos Insensatos, o conluio de poderes para colocar interesses pequenos sempre à frente quando se trata de combater os impactos da máquina de produzir "civilização" descartável, risco ambiental e exclusão social.

Yunus e Pachauri são pessoas simples, discretas. Ambos se dedicam a levar o extraordinário para o dia-a-dia. Lembram que há espaço para a contribuição de todos, de onde saem as grandes mudanças.

Mostram a conexão inexorável dessa nossa encruzilhada civilizatória: não há soluções isoladas. Os instrumentos são econômicos, tecnológicos, sociais, mas eles serão inócuos sem um redirecionamento de processos e de demandas. Isso implica decisões pessoais e coletivas, culturais e espirituais, éticas e até estéticas. O caminho que leva ao abismo nos dá sinalizações para a volta. Há que fazer escolhas.

Hoje, para quem quiser se engajar, não é mais possível ser só ambientalista, ou só militante de causas sociais, políticas, culturais. É preciso se engajar em tudo, ser militante da civilização.

contatomarinasilva@uol.com.br
MARINA SILVA 0escreve nesta coluna às segundas-feiras.

domingo, 15 de junho de 2008

Dor de cabeça

Paraguai e Brasil
A Seleção Brasileira jogou um futebol falso como uísque paraguaio e perdeu por 2 a 0 para a Seleção Paraguaia, que jogou um futebol verdadeiro.

A essa turma soneca do Dunga está deixando o torcedor zangado.
Índia e indiana
Brendha Hadad vai sair da novela Beleza da Pura, onde interpretou uma índia sem fala, para a próxima novela escrita pela acreana Glória Perez, chamada Caminhos das Índias, onde interpretará uma indiana.

A bela moça foi uma seringueira, a Ritinha, na minissérie Amazônia.

A informação está no blog do Altino -
http://www.altino.blogspot.com.

sábado, 14 de junho de 2008

Palácio da Justiça

Deslize na cerimônia de eliteFoi bonita a solenidade de reinauguração do Palácio da Justiça, na noite de sexta-feira.

O colunista, no entanto, entende que o cerimonial errou ao não chamar Raimundo Angelim e Tião Viana para compor lugar de honra na solenidade.

Um é prefeito da cidade onde o evento foi realizado. O outro é vice-presidente do Congresso Nacional.

Pode até ter sido porque o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, estava dando uma palestra no mesmo horário da solenidade da Justiça e o senador petista precisava prestigiar o companheiro.

Mas, logo que as autoridades foram chamadas para o local de honra, o senador Tião Viana se retirou.

O prefeito Raimundo Angelim permaneceu sentado.

Outra coisa que chamou a atenção na solenidade do Judiciário é o quanto a Justiça e os seus membros são dissociados do restante da população.

Os cidadãos comuns que passaram pelo centro de Rio Branco olhavam e não entendiam o porquê daquele tanto de gente com roupas de gala no meio da rua.



Nova CPMF

Marina indecisa sobre CSS
A senadora Marina Silva (PT) está indecisa sobre como votará no projeto que recria a CPMF, como o nome de Contribuição Social para a Saúde.

Isso é o que informa reportagem publicada pela Folha de S. Paulo de hoje, assinada Adriano Ceolin e Lucas Ferraz.

Esse é um projeto que vai encontrar dinheiro para bancar uma Proposta de Emenda Constitucional apresentada por outro acreano, o senador Tião Viana, autor da PEC 29.

Se fosse o suplente Sibá Machado, o governo podia contar com o voto.

Leia a reportagem aqui.

Banco do Brasil, há 80 anos no Acre Há 80 anos, era inaugurada a primeira agência do Banco do Brasil no Acre.

A instituição se instalou na Rua Epaminondas Jácome. A primeira sede foi inaugurada com a presença do então governador do Território Federal, Hugo Carneiro.

A foto é do acervo da Fundação Garibaldi Brasil.


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Dentro de campo

Edvaldo Magalhães e
Gilberto Braga rompem
Muito amigos, o presidente da Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães (PC do B), e o marqueteiro Gilberto Braga romperam.

O rompimento, no entanto, não será para sempre. Tem tempo certo para acabar.

Os dois ficam rompidos por noventa minutos, tempo de duração da partida do Sport Recife contra o Corinthians Paulista, pela final da Copa do Brasil.

Magalhães é corintiano, enquanto Braga sofre e torce pelo Leão da Ilha.

Que vença o melhor!

Sem comunicação

O Banco do Brasil não contribui
Este terminal de auto-atendimento do Banco do Brasil está instalado na Secretaria de Fazenda. É fundamental para o contribuinte pagar taxas e impostos com o Fisco estadual.

Ocorre que a máquina passa mais tempo quebrada do que funcionando.

Como acontece na maioria dos pontos da cidade, o BB, realmente, não contribui para facilitar a vida do cidadão.

Bicadas tucanas

Espatifado no ninho do PSDB
Houve um espatifado no ninho tucano. Insatisfeito com algumas atitudes de membros do partido, o secretário-geral, professor José Mastrângelo, entregou o cargo. O corre-corre foi intenso.

Hoje pela manhã, foi realizada uma reunião na sede do PSDB para convencer Mastrângelo a permanecer na Secretaria-geral.

Depois de muitas ponderações, o professor resolveu reformular a sua decisão e ficar.

Contornada a situação de Mastrângelo, a temperatura esquentou quando o filiado Rui Birico disse que não concordava com a candidatura de Tião Bocalom a prefeito de Rio Branco.

Falou que o pré-candidato era um desconhecido e nem morava na capital.

Birico afirmou que ex-prefeito de Acrelândia estaria fazendo muita coisa se fosse vice do deputado federal Sérgio Petecão (PMN).

Foi o suficiente para os tucanos se bicarem ainda mais. Por muito pouco não voaram penas.

Bancada federal

Marina Silva recusa
coordenação da bancadaA senadora Marina Silva não quis ser a coordenadora da bancada federal acreana. Ela fez o comunicado numa reunião que foi realizada hoje à tarde, em Brasília, entre deputados federais e senadores acreanos.

Marina disse aos parlamentares presentes que está numa espécie de quarentena, desde que deixou o Ministério do Meio Ambiente.

A escolha do coordenador ficou para a próxima terça-feira. Há alguns parlamentares defendendo o nome do deputado federal Fernando Melo (PT).

Durante a reunião, o fato engraçado foi a conversa de Marina Silva com o deputado federal Sérgio Petecão. A senadora petista disse: A “Petecão, eu nunca perdi uma alma. Será que vou perder a sua?”.

Marina foi uma das responsáveis pelo retorno do parlamentar à FPA quando ele concorreu a vice-prefeito na chapa de José Bestene (PP), em 2000.

Sabedor da capacidade de argumento da senadora, Petecão saiu de perto.

Proteção peruana

Peru vai proteger índios isolados
Dias depois que fotografias de uma tribo isolada de índios da Amazônia foram divulgadas pela primeira vez, o governo peruano anunciou que vai combater a ação ilegal de grupos que desmatam a floresta e invadem as terras indígenas.

Os índios fotografados na semana passada foram localizados no Acre, perto da fronteira com o Peru, mas o governo brasileiro, que financiou a missão, acredita que eles tenham vindo do país vizinho, forçados por grupos que desmatam e invadem suas terras.

Segundo o correspondente da BBC em Lima, Dan Collyns, autoridades do Estado peruano de Madre de Díos disseram que vão proteger as tribos isoladas da floresta.

"Uma missão será enviada à região para colher informações e investigar se o desmatamento ilegal está realmente desalojando as tribos", disse o diretor do Departamento de Assuntos Indígenas do governo peruano, Ronald Ibarra.

"A idéia é protegê-los e não entrar em contato com eles", disse ele.
Leia mais aqui.

Deu na Folha

Acre investe percentual
constitucional na Saúde
O Acre está entre os oitos Estados que gastam o percentual mínimo previsto na Constituição em Saúde. As outras unidades federativas que estão dentro da lei são: Amapá, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. O Distrito Federal também está adequado ao preceito constitucional.

Segundo relatório do Ministério da Saúde, que analisou as prestações de contas de 2006, os demais Estados contabilizam a maioria despesas como aposentadorias, benefícios ao funcionalismo, assistência social e até programas de comunicação para atingir os 12% da receita exigidos para o Orçamento da Saúde.

Na verdade, os investimentos no Acre superam os 12% constitucionais. No ano passado, foram investidos 14% do orçamento.

Per capita somos um dos maiores investimentos em saúde da América Latina. São US$ 250 por pessoa anualmente. Mesmo assim, problemas simples continuam pondo o sistema em xeque. É uma prova de que os investimentos estão sendo feitos errados. É hora de corrigir e gastar certo os recursos.

A reportagem foi publicada na Folha de São de Paulo de hoje.
Leia aqui.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Abacaxi grande

Presos fazem greve
de fome em Tarauacá
Os detentos da Penitenciária Moacir Prado, em Tarauacá, estão em greve de fome.
O curioso é que tomaram a decisão um dia após as visitas dos parentes, que certamente levaram alimentos suficientes para mantê-los bem alimentados por alguns dias.

Os “grevistas” querem a substituição da empresa que fornece alimentação para o presídio.

A direção do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) já informou que não oferecerá facilidades para os detentos e não alimentará reivindicações sem cabimento. O que é certo.

Nesta quarta-feira, policias e especialistas em gerenciamento de crise chegarão ao município.

Berzoini no Acre

Sexta-feira 13 do PT
É oficial. O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, virá ao Acre. Será numa sexta-feira 13. O deputado federal paulista desembarca depois de amanhã e fará uma palestra para os militantes sobre os desafios do partido que preside e as eleições de 2008.

Os mais supersticiosos estão preocupados com a visita em data tão cabalística. Só falta ter lua cheia e um gato preto aparecer.

Essa visita de Ricardo Berzoini tem importância para os petistas acreanos.

O último presidente do PT que pisou no Acre foi o deputado federal José Genoino (SP). Mas isso foi muito antes de o parlamentar ser envolvido no escândalo do Mensalão.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Rio Branco entre as cidades
que mais recebeu recursos
Proporcionalmente, Rio Branco foi a segunda cidade que mais recebeu recursos do governo federal desde 2005. Foram R$ 268,91 por pessoa.

A capital do Acre ficou atrás apenas de Boa Vista (RR), que é administrada por Iradilson Sampaio (PSB).

Na capital de Roraima foram investidos R$ 626,90 por habitante. A informação foi publicada no jornal Folha de S. Paulo, na edição de hoje.

Procurado pela reportagem da Folha de S. Paulo, o prefeito Raimundo Angelim (PT) disse que o critério de liberação é técnico. Salientou, no entanto, o "respeito e carinho" que o presidente Lula tem pelo povo do Acre.

"Os projetos da Prefeitura de Rio Branco sempre foram avaliados do ponto de vista técnico, em que pese o carinho e o respeito do presidente Lula pelo povo do Acre",

Com uma linha declaradamente tucana, a Folha de S. Paulo ressalta na reportagem que o governo Lula privilegiou prefeituras administradas por partidos aliados, especialmente o PT, ao distribuir recursos para a realização de obras e investimentos nas principais cidades do país.


Edvaldo fala sobre dias de decisão
Vale a pena ler com muito cuidado o artigo que o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães (PC do B) publicou no seu blog -
http://aleac.ac.gov.br/aleac/edvaldomagalhaes. O comunista fala sobre os dias decisivos que a FPA terá pela frente este mês.

Um dos pontos que chama a atenção no artigo de Edvaldo Magalhães é quando ele diz que a busca de crescimento e ocupação de espaços políticos institucionais nas administrações dos municípios acreanos não é vital.

O comunista entende que é hora de qualifica o crescimento da FPA. Resta saber como será essa qualificação.

De forma velada, Magalhães criticas os partidos que, “na busca de alterar a correlação de forças interna, foram filiando personalidades e personagens numa espécie de corrida a qualquer custo”.

Bem, essas palavras atingem, principalmente, ao PP do vice-governador César Messias. E foi Magalhães que, em nome da unidade de FPA, atraiu os progressistas para a FPA.

Marina articulista

MARINA SILVA
Em legítima defesa
INICIO MINHA participação neste espaço com enorme sentido de responsabilidade. Tenho a oportunidade diferenciada de usar um dos bens culturais mais preciosos: a exposição de idéias, base para o diálogo. Gostaria de compartilhá-la com os leitores e de, juntos, pensarmos o Brasil e reunirmos forças para ajudar a transformá-lo. Para começo de conversa, trato de um entrave para o crescimento do país: a postura ambígua do Estado frente ao nosso incomparável patrimônio natural.

O Estado brasileiro criou medidas de proteção ambiental, muitas vezes em situações difíceis. Esse acúmulo alcança hoje limiar estratégico de inserção da variável ambiental no coração do processo de desenvolvimento. A sociedade entende esse momento, apóia, demanda. Diante disso, o Estado não pode se encolher diante do ponto a que ele mesmo chegou.

Movimentos retrógrados, saudosistas do tempo da terra sem lei, fazem pressões e recebem acenos de possíveis flexibilizações. Mas a sociedade bloqueia e restringe esses acordos. A Amazônia é o maior exemplo. A opinião pública mantém o debate, banca o combate ao desmatamento, dá suporte para a manutenção da lei do licenciamento e para a não-flexibilização da legislação ambiental.

O certo é que o Estado, em todos os seus níveis, não consegue utilizar o grande capital político de que dispõe para acompanhar o pique da sociedade. Ela cresceu, passou a perceber seus problemas de maneira mais complexa. O Estado cresceu, mas não amadureceu.

Há agora uma discussão importante que resume tudo: é preciso dinheiro para implementar as medidas e normas criadas, porém a relatoria ambiental do Orçamento que está sendo discutido no Congresso foi entregue à bancada ruralista, cuja oposição às medidas de combate ao desmatamento é conhecida. Talvez tenha havido uma negociação para assegurar aos aliados a relatoria das agendas de aceleração do crescimento. E o meio ambiente parece não ter tido a mesma prioridade.

Boa parte do Estado ainda vê na política ambiental um mal necessário. Fala-se em compatibilizar desenvolvimento e meio ambiente, como se fossem adversários a serem conciliados. O Brasil não tem que compatibilizar, tem que buscar um crescimento econômico cuja concepção já contenha a conservação ambiental. Que não veja as áreas preservadas como partes "retiradas da produção" e, sim, como imprescindíveis à produção equilibrada e com alguma noção de bem público. Isso é possível? Se não for, para um país que ainda tem 60% do seu território com florestas, então é mesmo hora de aumentamos, em legítima defesa, nosso estado de alerta.


mailto:contatomarinasilva@uol.com.br

Nota do editor: A senadora Marina Silva estreou hoje como articulista do jornal Folha de S. Paulo. Escreverá sempre às segundas-feiras.

sábado, 7 de junho de 2008

Pecuária no Acre faz 60 anos

Há 60 anos, justamente no mês de junho, chegaram os primeiros bois e vacas no Acre.

O plantel, formado 56 reses zebus, foi adquirido pelo então governador do Território Federal, José Guiomard Santos, em Uberaba (MG). O transporte foi realizado por avião.

Os animais foram instalados na antiga Fazenda Sobral e logo viraram atração para as pessoas que faziam questão de ir olhar de perto.

Durante anos, a pecuária acreana foi de subsistência. Praticamente não havia carne no Estado.

A população, principalmente os menos abastados, era obrigada a dormir nas famosas “cobrinhas” nos mercados para tentar adquirir ao menos um quilo com osso. Não era raro voltar com as mãos abanando.

Somente a partir da década de setenta, quando Francisco Wanderley Dantas assumiu ao governo, os pecuaristas começaram a se instalar no Estado.

Dantinha fez propaganda nos centro-sul, dizendo que o Acre era um Nordeste sem seca e um Sul sem geada. Centenas de pessoas vieram quase correndo atrás de terras baratas.

A forma como os chamados “paulistas” chegaram ao Acre chocou a população e trouxe conflitos agrários graves.

Os seringueiros foram expulsos de suas colocações e muitos perderam a vida.

As árvores foram derrubadas para formar pasto para os bois se alimentarem. Os extrativistas que sobreviveram vieram passar fome na cidade e morar na periferia.

Ainda hoje há alguns ressentimentos, mas pecuarista, extrativistas e a população em geral vivem em harmonia. A pecuária mostrou a sua importância e tem papel fundamental na economia acreana, posto que gera emprego, renda e alimento.

O atual rebanho acreano supera dois milhões de reses. O Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) estima vacinar 2.532 milhões de reses este ano.

No ano passado, a vacinação atingiu 2.538.524. De 2007 para 2008 houve a redução do abate e da transferência de animais para outros Estados.

A foto é do acervo da Fundação Garibaldi Brasil.


Futebol voltará a ser ao vivo
Confirmado que o fuso horário do Acre e de algumas localidades amazônicas foi alterado para atender aos interesses da Rede Globo.

A partir do dia 25 deste mês, a emissora voltará a transmitir os jogos nas quartas-feiras o vivo. Por coincidência, o novo fuso entra em vigor dia 23.

Oficialmente, os dirigentes da emissora dizem que fizeram um grande esforço para levar os jogos aos telespectadores.

Segundo o gerente do Departamento Comercial, Renato Bocardi, a transmissão ao vivo não era feita por falta de espaço e que a rede não comercializará espaço publicitário para as empresas locais.

Tá bom, cheiroso!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Coelho manda parar ônibus de Petecão
Sérgio Petecão (PMN) tem um grande assessor e aliado, que é o professor Carlos Augusto Coêlho. Mas, indiretamente, ele vem sendo beneficiado pelas decisões de um outro coelho.

O juiz Marcelo Coelho está sendo rápido nas decisões envolvendo o parlamentar.

Ontem, ao determinar a retirada de circulação dos ônibus do deputado federal, o magistrado acaba tornando-o vítima.

Essa é a segunda vez, em menos de dois meses, que Marcelo Coelho decide contra Sérgio Petecão com base numa denúncia anônima. Foi ele quem determinou o encerramento da festa de aniversário do PMN, no último dia 20 de abril.

Não deixa de ser estranha essa decisão. Petecão não comprou esses ônibus recentemente porque concorrerá a prefeito de Rio Branco. O deputado federal presta esse serviço há doze anos.

Velhos, os ônibus de Petecão não agüentam o tranco para viagens mais longas. São utilizados em velórios, enterros e no transporte de fiéis para cultos evangélicos. A partir de hoje, o chororô dos mais pobres será maior.

Não é apenas Sérgio Petecão que disponibiliza ônibus para a comunidade. A Justiça terá que agir contra outros parlamentares que também têm veículos para este fim. Os deputados Walter Prado (PSB) e Zé Carlos (PTN) são exemplos.

O pessoal da FPA certamente não tem nada a ver com essa história, mas poderá sentir o reflexo eleitoral da decisão da Justiça. Será inevitável Petecão sair como vítima e perseguido pela coligação.

As fotos são de Damião Castro.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Redução de eleitores
em Rio Branco
Ao contrário do que fora publicado neste blog e por parte da imprensa acreana, o número de eleitores em Rio Branco não está fechado.

A quantidade existente diminuirá até o dia 27 de junho, data em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará os números finais em todo o Brasil.

Hoje a capital do Acre tinha 201.709 pessoas aptas a votar.

A redução do quantitativo de eleitores ocorre em virtude dos mecanismos de verificação do cadastro eleitoral, que buscam detectar duplicidades de inscrições, lançamentos indevidos, etc.

Apesar dos cortes, fonte do blog afirma que o dificilmente Rio Branco terá menos de 201.500 eleitores.
Procuradores da República são
barrados no Palácio e no Memorial
Hoje de manhã, o procurador da República Marcus Vinicius Macedo foi ciceronear o procurador regional da República, Paulo de Bessa Antunes, numa visita aos pontos turísticos de Rio Branco.

Bessa Antunes é um dos palestrantes do Congresso Proteção Ambiental e Questões Indígenas promovido pelo Ministério Público Federal. Também é especialista na área de Direito Ambiental.

Para o constrangimento geral, a dupla foi barrada quando tento visitar o Palácio Rio Branco e o Memorial dos Autonomistas.

Os funcionários da recepção do Palácio Rio Branco e do Memorial dos Autonomistas foram delicados, mas não souberam explicar de maneira convincente os motivos para o impedimento das visitas de qualquer cidadão em pleno horário comercial.

Os procuradores agiram de forma elegante e não apelaram para a famosa carteirada, mas poderiam ter feito.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Oposição dá primeiro
passo para a unidade
Partidos da oposição se reunirão sexta-feira à tarde em Rio Branco. O encontro está sendo intermediado pelo PPS, que não tem candidato a prefeito.

Serão convidados dirigentes e lideranças do PMDB, PPS, PMN e PSDB. É um passo a mais na procura da unidade.

Segundo o vereador Rodrigo Pinto (PMDB), os partidos de oposição estão começando a ouvir a voz do povo, que está pedindo a unidade dos opositores do prefeito Raimundo Angelim (PT).

Essa é uma voz que a FPA ouviu há muito tempo.

Nessa reunião de sexta-feira os pré-candidatos a prefeitos – Sérgio Petecão (PMN), Edílson Cadaxo (PMDB) e Tião Bocalom (PSDB) – serão convidados.

É possível que seja iniciado um entendimento para que um deles abra em prol da unidade. Se não houve renúncia, a tendência é que seja firmado um pacto de não-agressão.

Com a confirmação de que Rio Branco poderá ter uma eleição com dois turnos, a oposição avalia errado quando procura a unidade em torno de uma candidatura.

Um candidato único dos opositores facilitará a reeleição de Raimundo Angelim, que será beneficiado com a polarização.

Mais do que nunca, Sérgio Petecão, Edílson Cadaxo e os seus apoiadores devem incentivar a candidatura de Tião Bocalom. Ele poderá jogar, guardadas as devidas proporções, o papel que o ex-deputado José Bestene (PP) jogou em 2004.
Novidade na eleição da Ufac
Houve uma reviravolta no processo eleitoral da Universidade Federal do Acre (Ufac).

Os professores Carlos Franco e Pascoal Muniz desistiram de formar uma chapa para concorrer a reitor e vice-reitor. Decidiram se juntar à atual vice-reitora Olinda Batista. Um dos dois será o candidato a vice. Olinda conta com o apoio do reitor Jonas Filho e do seu grupo.

Franco e Muniz perceberam que acabariam ajudando a candidatura de Margarida Carvalho, caso continuassem na disputa.

Juntos com Olinda Batista fortalecem o grupo que hora está no comando da instituição de ensino superior.

Erro mínimo

Número oficial de
eleitores em Rio Branco
Há uma semana, este blog deu em primeira-mão que Rio Branco havia ultrapassado os 200 mil eleitores.

Foi informado que a capital do Acre atingira a quantidade de 201.982 pessoas aptas a votar.

O editor do blog errou, mas foi um erro mínimo. Rio Branco tem, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 201.966. Errei por 16 votos.

Esses 16 votos, no entanto, pouco influenciarão. Não evitarão que a capital acreana tenha a possibilidade de, pela primeira vez na história, ter uma eleição de prefeito em dois turnos, o que é ótimo para a democracia.

Uma eleição com dois turnos, embora haja pessoas contrárias, legitima ainda mais o vencedor e abre possibilidades para que a população possa fazer uma seleção prévia no primeiro turno e escolha os dois que se enfrentarão na disputa final.

Se você quiser saber a quantidade de eleitores de todos os municípios acreanos, clique aqui.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Unidade da FPA em Tarauacá

Não é milagre de São JoséTarauacá é um dos primeiros municípios onde a FPA marchará unida nas eleições deste ano.

Tanta tranqüilidade, principalmente entre comunistas e petistas na cidade do abacaxi grande, seria algo impensável há pouco tempo.

A unidade da coligação não se deu por milagre de São José.

Foi a necessidade derrotar Vando Torquato (PP) que fez a forças se juntar. Mas um pouco reza forte ajuda.

A foto é de Odair Leal.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Surpresa comunista

Vereador Pascal Khalil
será secretário de SaúdeO PC do B decidiu quem substituirá o vice-prefeito de Rio Branco, Eduardo Farias, na Secretaria Municipal de Saúde.

Farias foi obrigado pela legislação eleitoral a pedir desligamento do cargo porque concorrerá à reeleição na chapa encabeçada pelo prefeito Raimundo Angelim (PT).

A escolha do nome surpreendeu porque também se trata de um detentor de mandato.

Após várias reuniões, os comunistas decidiram indicar o vereador Pascal Khalil para compor a equipe de Raimundo Angelim nos próximos setes meses.

Ao aceitar assumir o cargo, Khalil torna-se inelegível. Com isso, o PC do B deverá lançar apenas as candidaturas dos vereadores Márcio Batista e Ariane Cadaxo para a reeleição.

Pascal Khalil é funcionário de carreira da prefeitura de Rio Branco. É procurador do município concursado.

Ao indicar Khalil, o PC do B passa a investir na formação de quadros para trabalhar na administração pública, uma vez que o partido foi um dos que mais avançou na questão parlamentar nos últimos anos, mas lhe falta experiência administrativa.

A decisão dos comunistas foi comunicada a Raimundo Angelim e ao governador Binho Marques, que aprovaram a escolha.

A ida de Khalil mexerá na composição da Câmara de Vereadores. O ex-vereador Roberto Sá ganhará, de mãos beijadas, sete meses de mandato. É muita coisa para quem não esperava mais nada.

Mesmo com mandato, Roberto Sá não poderá concorrer à reeleição. O PT lhe negou legenda.

Sá não foi perdoado pelos companheiros no episódio em que foi acusado de comprar diploma falso de engenheiro.

Ele poderia, ao menos, agradecer aos comunistas por essa engenharia política.