quinta-feira, 30 de junho de 2011

Poronga

“Nada parece interessante se
pertence a você - só quando não pertence.”
Natalie Babbit

Padeiro na FPA
Veja bem esta foto. Não é um peão qualquer que pegou o boca-de-lobo para cavar buraco. Trata-se do prefeito de Bujari, Edvaldo Padeiro (PMDB). Bem direto, ele enviou contragolpes ao prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), e ao senador Sérgio Petecão. Também confirmou o que muito se comentava: vai para a FPA. É um homem trabalhador que a oposição perde. Tem mais informação no site www.contilnet.com.br

Prazo curto
Os deputados entram em recesso no dia 15. Têm, portanto, duas semanas para votarem o projeto de lei que garante o reajuste de 20% aos funcionários públicos proposto pelo governo do Estado. A matéria deverá ser encaminhada à Aleac na próxima semana. O prazo é curto.

Fora da folha
Os sindicatos que não negociarem deixarão o reajuste de seus filiados fora da folha de pagamento. A primeira parcela de 5% sairá apenas para quem fechou acordo com a equipe de negociação.

Posição formal
Está claro que o governo não aumentará o percentual de reajuste. Diante dessa situação, seria oportuno que os sindicalistas descontentes apresentassem uma posição formal, por meio de documento, à equipe de negociação, rejeitando o reajuste.

Ponto em comum
Aparentemente, médicos e policiais militares não têm ponto em comum para fazerem reivindicação salarial em conjunto. Mas têm. Os homens de farda são liderados pelo tucano Wherles Rocha. Os homens de branco, por sua vez, são assessorados pelo também tucano Réssine Jarude.

Olha o sangue!
Cena deveras interessante na fraca manifestação de terça-feira. No mesmo ambiente estavam médicos e um açougueiro. Todos queriam ver sangue.

Análise do fracasso
Cabisbaixos, sindicalistas reuniram-se ontem na sede do Sindicato dos Médicos para analisar o fracasso da manifestação de terça-feira. O diagnóstico encontrado: sem apoio da base o movimento está em coma.

Perto da base
Mais experiente, o vereador e sindicalista Marcelo Jucá (PSB) disse na reunião o que a coluna vem avisando há um bom tempo. Leia a frase do socialista: “Quando se vai a uma greve, tem que se ver como estão as bases. Não podemos anunciar uma greve sem combinar com os servidores”.

Vizinhos de biqueira
O Sindicato dos Médicos é quase vizinho de biqueira da Secretaria de Assuntos Institucionais, onde as articulações políticas do governo são feitas. Foi lá onde os demais sindicalistas se reuniram. Talvez não estejam falando o mesmo idioma porque entre os prédios há uma escola de línguas.

Fim das coligações
O fim das coligações proporcionais foi aprovado na CCJ do Senado. Se a matéria for aprovada em Plenário, será um duro golpe nos partidos considerados nanicos. O relator foi o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que se manifestou favorável.

Força dos grandes
Uma Proposta de Emenda Constitucional como essa tem amplas chances de ser aprovada em Plenário porque conta com o apoio dos partidos considerados grandes, como PSDB, PMDB e PT.

Com os pequenos
Dentre os senadores que votaram contra a PEC está Sérgio Petecão, que foi dono do nanico PMN no Acre durante anos e trabalha para formar o PSD. Segundo ele, nem tudo que aconteceu de ruim na política pode ser creditado aos partidos pequenos. Será que não?

Cartão Calamidade
Até o fim do ano, os municípios e Estados em situação de emergência ou calamidade pública passarão a dispor do Cartão de Pagamento de Defesa Civil. Será um instrumento para que os recursos federais sejam usados no atendimento à população vitimada.

Menos burocracia
O “Cartão Calamidade” vai diminuir a burocracia. O gestor poderá debitar em conta específica, aberta em agência de banco oficial, as despesas com a compra de alimentos, remédios e colchões, entre outras coisas indispensáveis.

Alô de Jorge
Jorge Viana (PT) teve um encontro com o vice-presidente da Oi, José Luiz Simão. Aproveitou para reivindicar oferta de serviços de telecomunicações eficientes no Acre para viabilizar a criação de um call center e gerar cerca de 10 mil empregos no Estado.

Disposição e apoio
Viana disse ao dirigente da OI que o governador Tião Viana está disposto a fazer investimentos no treinamento de pessoal e conta com o apoio do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Facilidades de Bittar
A mesma facilidade que tem para ganhar votos, o deputado federal Marcio Bittar (PSDB) tem para perder aliados. Em poucos dias a coluna contabilizou dois. Ambos fizeram questão de registrar o que classificaram de “ingratidão” em textos publicados na net.

Lixo eletrônico
A baixa mais recente no exército é o blogueiro Acreúcho. Ele postou em seu blog rosário de lamentações. Insatisfeito, classificou os releases enviados pela assessoria de Marcio Bittar para sua caixa de mensagens como “lixo eletrônico”. Leia mais no seguinte endereço: http://blogdoacreucho.blogspot.com/.

Marineiros liberados
A Folha de S. Paulo de ontem trouxe a informação de que Marina Silva autorizou que seus aliados busquem abrigos temporários em outras legendas para disputar as eleições do próximo ano. Os “marineiros” vão se espalhar por vários partidos.

Espírito da Coisa
Antonio Alves captou o espírito da coisa no artigo assinado pelo deputado federal Sibá Machado (PT) e publicado no Página 20 de terça feira. Tanto o texto petista quanto o do jornalista foram reproduzidos no blog www.leonildorosas.blogspot.com. É uma interpretação de quem entende como as coisas funcionam nas entranhas petistas.

Ensinamentos de Sócrates
Na mesma coluna, Antonio Alves reproduz um texto do grego Xenofonte, discípulo de Sócrates, narrando o encontro do filósofo com um jovem postulante ao governo da cidade. Essa é uma leitura obrigatória, principalmente para a turma que pretende chegar à prefeitura de Rio Branco.

Início do carnaval
Deputados estaduais realizaram sessão ontem à noite em Brasileia. Há quem considere que o evento marcou o início do carnaval fora de época no município, também chamado de Carnavale. O que não falta nesta legislatura é parlamentar carnavalesco e carnavalizado.

Vevé Valente

Esta foi uma semana de perdas para o Atlético Acreano. Além de ficar fora da disputa do título do estadual de futebol, o Galo Carijó perdeu um dos seus mais tradicionais torcedores: Vevé Valente. A coluna se solidariza com os seus filhos Nonato Moleza, Aurélio e Pimpolho.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Espirito da Coisa

oespiritodacoisa_290611.jpg

Poronga

“Amigo! O campo é ninho do poeta...
Deus fala, quando a turba está quieta, às campinas em flor.”
Castro Alves

Faltou combinar
Dizem que a história aconteceu na Copa do Mundo de 1958, no jogo do Brasil contra a então União Soviética. O técnico Vicente Feola chamou Mané Garrincha no canto:

- Mané, você pega a bola e dribla o primeiro beque; quando chegar o segundo, você dribla também. Vai até a linha de fundo e cruza para trás, para o Vavá marcar.

Ingênuo e malicioso, o “Anjo das Pernas Tortas” indagou:

- Tudo bem, seo Feola, mas o senhor combinou com os russos?

E foi mais ou menos o que aconteceu com os sindicalistas: chamaram para uma manifestação ontem, mas não combinaram com os servidores. A situação está russa.

Jogo de cintura
Os sindicalistas estão pagando mico porque são como os jogadores russos: não têm jogo de cintura e terminam sendo driblados com facilidade por quem tem mais habilidade no gramado da mesa de negociação. É a base que leva as lideranças, e não o contrário.

Faltou plateia
Manifestação sem a presença de um grande número de servidores é como jogo de futebol sem torcida: não tem graça. Quase sempre os sindicalistas ficam com a cara de Mané. E não é de Mané Garrincha, que fazia da ginga com as pernas tortas a alegria do seu público.

Sem mobilização
Os 11 sindicatos que chamaram para a mobilização representam 23 mil servidores. Foram incapazes de mobilizar a categoria. Menos de 200 pessoas saíram de casa e do local de trabalho para protestar. É ruim ver um jogo terminar de forma tão melancólica.

Jogo jogado
O fracasso da manifestação de ontem, porém, não deve servir para que os governistas coloquem a faixa de campeões. Eles ainda terão que conversar muito e driblar vários obstáculos. A situação com o servidor público precisa ser melhorara e aprimorada diariamente. A insatisfação grande. E essa conspiração do silêncio é a pior que tem, pois costuma se manifestar no encontro com as urnas. O povo não é Mané. Está mais para Garrincha.

Pão torrado
Edvaldo Teles (PMDB) é o nome de batismo do prefeito Padeiro, do Bujari. O peemedebista passou a comer o pão que o diabo amassou desde que ensaiou uma aproximação com o governador Tião Viana (PT) e, consequentemente, com os partidos da FPA. Seus aliados e correligionários o querem torrado.

Relação institucional
Até onde se tem conhecimento, Padeiro não tem como deixar o PMDB, sob pena de ser expulso por infidelidade. Também não constitui crime ele ter uma relação institucional com o governador.

Homem de bem
Padeiro está recebendo tratamento de seus aliados que nunca recebera dos adversários no PT e na FPA. As maiores lideranças do grupo político que está no governo sempre respeitaram o prefeito de Bujari, a quem classificam como “um homem de bem e honesto”.

Segundo peemedebista
Caso realmente decida se aliar com o governo, Edvaldo Padeiro não estará sozinho no PMDB. O prefeito peemedebista de Mâncio Lima, Cleidson Rocha, é aliado desde a eleição de 2008 e não demonstrou qualquer tipo de arrependimento até agora.

Discurso do açougueiro
A falta de quorum foi tão gritante na manifestação que o açougueiro Rui Birico foi anunciado como liderança para discursar. Ele fez o que mais gosta: desceu o malho no governo.

Verde da Alemanha
Marina Silva viaja amanhã para a Alemanha. Foi convidada pelos dirigentes do Partido Verde daquele país para uma conversa. Quem sabe por lá ela se entende, porque com a turma de cá está escuro...

Conversa ampliada
Segundo a assessoria de Marina Silva, quando retornar, a ex-senadora terá uma “conversa ampliada” com os verdes do Brasil. Deve ser para anunciar a saída.

Convenções impugnadas
Os demos estão dispostos a tornar a vida da criação do PSD um inferno. Para isso, preparam pedidos de impugnação das convenções que o partido de Gilberto Kassab pretende realizar a partir deste fim de semana. A notícia original está na coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Legenda inexistente
A argumentação dos dirigentes do Democratas é de que o PSD não existe no papel nem dispõe de filiados que legitimem as convenções.

Louco e ladrão
Desde que resolveu trilhar pelo caminho da oposição, o deputado Gilberto Diniz (PT do B) demonstra ter perdido o equilíbrio. Recentemente, tachou o governador Tião Viana de “ladrão de consciência”. Ontem, classificou o petista Jonas Lima de louco.

Código de Ética
Os membros da mesa diretora não podem achar que as agressões serão resolvidas apenas suspendendo a sessão. Há um Código de Ética e Decoro Parlamentar na Aleac. Basta fazer com que seja aplicado e deixe de ser apenas peça decorativa.

Proteção na via
Foram necessários vários acidentes para que medidas preventivas fossem adotadas na Via Verde, em frente à Escola Clinio Brandão. Felizmente, os responsáveis pela fiscalização mandaram construir dois quebra-molas em pontos estratégicos. Os alunos, professores e a comunidade agradecem.

Haja coração
Responsável pela redução da quantidade de erros na coluna, o jornalista Beneilton Damasceno resolveu brindar o colunista com um texto-homenagem publicado na edição de ontem. Além de agradecer eternamente, vou dar um aviso: se o meu velho coração não aguentar, você, caro leitor, sabe quem é o culpado.

Artigo de Sibá
Sibá Machado (PT) publicou artigo neste Página 20 deveras interessante. O deputado federal trouxe às páginas a proposta de a FPA realizar um congresso para debater e repensar seu formato, estrutura, estratégia, formação e escola política. O texto foi reproduzido no blog www.leonildorosas.blogspot.com.

Invasão no Quadrilhódromo
Não havia lugar mais simbólico para a quadrilha de invasão tentar ocupar: dessa vez buscaram o Quadrilhódromo no Conjunto Tucumã. É imperioso que providências sejam tomadas o quanto antes.

Regulamento da Cavalgada
Sempre irônico, o jornalista Washington Aquino levantou uma questão interessante sobre o regulamento da Cavalgada da Expoacre. Segundo ele, lembraram de tudo, mas se esqueceram de falar sobre o cavalo.

A jaqueta ou a vida!
Às 7h30 de ontem, um jovem passava numa das ruas do Conjunto Castelo Branco quando dois ladrões chegaram e disseram: “Levanta as mãos e passa a jaqueta!”. Os larápios estavam com frio mesmo. Detalhe: os moradores da região pedem mais segurança.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Artigo

Ao Leo o que é do Leo!

Beneilton Damasceno

Em março de 1998, quando o acreano “quase paraense” José Chalub Leite trocou o vício das redações de jornais por um lugar bem acima de nossas cabeças, a imprensa nativa acusou o golpe com tamanha resignação que não se deu a importância de, digamos, nomear, mesmo “ad referendum”, algum profissional que assumisse o posto de primeiro-suplente, uma espécie de “vice-Zé Leite” ou cargo similar, procedimento corriqueiro em qualquer categoria organizada. Entretanto, mais de treze anos depois, o vasto grupo de escribas acreanos preferiu fazer opção pela orfandade consensual.

Se levarmos em conta, ao pé da letra, os critérios mais aceitáveis e essenciais para a eleição dessa figura - a competência e o amor ao ofício de redigir -, é possível listar rapidamente um tímido número de damas e cavalheiros - uns já vetustos, outros mais ou menos quarentões. Lá se vão alguns deles (a ordem é aleatória): Francisco Dandão, Elson Martins, Antônio Alves, Silvio Martinello, o “acreoca” Marcus Vinícius, Florentina Esteves, Marcos Afonso, Antonio Stélio, Onides Bonaccorsi, José Cláudio Mota Porfiro, José Augusto Fontes, Altino Machado, Romerito Aquino, Tião Maia e mais umas três ou quatro celebridades que os neurônios sofríveis deste signatário teimam em não revelar.

Comete-se, todavia, uma injustiça quando se deixa no banco de reservas desse valoroso time um garotão nascido no Vale do Juruá e que, ao contrário dos bambambãs acima escalados, salvo engano, não tem anexado ao curriculum vitae o orgulhoso diploma de “dactilografia”, requisito imprescindível à moçada da velha guarda que almejava ingressar na profissão de jornalista. O garotão, que igualmente ultrapassou a barreira das quatro décadas de sol e chuva, é filho de Cruzeiro do Sul e, ainda meninote, veio com a família morar na capital acreana. Seu nome é Leonildo Rosas, batizado e crismado na quadra de esporte do bairro José Augusto e no campo do Vasco.

Apesar de havê-lo conhecido na adolescência, comecei minha intimidade profissional com o Leo em março de 1995 - ele, como eu, modestamente um dos pioneiros deste Página 20, junto com o Assem Neto, os criadores Stélio e Elson Dantas e o não menos saudoso Pheyndews Carvalho. As máquinas Olivetti, Remington e Olympia haviam meses antes sido enxotadas pelo computador 486.

Leonildo caiu nessa vida de escrevinhador publicando raivosos libelos - a maioria editoriais e artigos - contra o então governador Orleir Cameli (por ironia seu conterrâneo), seus auxiliares e um assessor de comunicação importado de Rondônia cujo nome nem o infalível Google fez questão de comigo colaborar. Logo depois, o rapaz (o Leo, não o importado de Rondônia) já era editor... Os contracheques vencidos em três, quatro meses, como retaliação aos ataques ao inquilino de um palacete na Rua Isaura Parente, foram usados como combustível para que seus pacientes comandados não sucumbissem - ainda que com visível redução de massa corpórea e vítimas de constantes ameaças dos “insensíveis” cobradores. Tempos que, pela misericórdia divina, não voltarão mais. Amém!

Passaram-se os anos, muitas mudanças de espaço físico, e a vida dos que resistiram melhorou, não há como contestar (os credores, por exemplo, ou desistiram das investidas quase diárias ou findaram cedendo a acordos “cara-de-macaco”, sem o mínimo suporte jurídico). Pelo que tudo indica, ambas as partes perderam menos do que imaginavam.

Mais o que de fato conquistou o público foram os textos primorosos do neófito Leo, que acabou promovido a colunista político, pela afinidade manifestada e aceita pelos leitores. Hoje, depois das manchetes da capa, a coluna “Poronga”, aqui do lado esquerdo, na página 2, é o itinerário natural do matutino, seja no impresso, seja no monitor.

Melhor ainda é que o Leo permanece sereno e avesso à jactância que infelizmente contaminou certos portadores de canudo, bem como os caducos presunçosos. Quando, lá pelas 9 da noite, este revisor liga para ele, a pergunta é automática: “Diga, meu caro, onde foi que eu errei?”. Na verdade, o “erro” do velho Leo da dona Carmela é, sem ver nem pra quê, acrescentar um bendito “s” em tudo que é palavra no singular. Como a revisão se familiarizou com o macete, já considera o contratempo um charme pessoal - ou marca registrada, se assim aprouver ao colunista.

Outro trauma - agora da minha parte - é que, mesmo depois de tanta rasgação de seda, o Leonildo é tão mão-de-vaca que sequer teria a iniciativa de me emprestar o seu possante carrão para ir comprar amendoim do Japonês na vizinha Senador Guiomard. Quarenta e oito quilômetros, hômi! - 24 para ir e 24 para voltar. Seria pedir muito, meu camarada?

Fim


Jornalista seringueiro

Comentário: Obrigado, amigo Bené!

Artigo

PT, FPA e governo Tião Viana:

o que esperar de novo na política acreana

Sibá Machado

A política é uma das mais complexas ciências da humanidade, por buscar compreender a diversidade de pensamentos entre as pessoas, organizações, tendências, mobilizações e ainda conviver com a chamada “conjuntura”, que muda constantemente, levando as pessoas até a mudar de agremiação ou mesmo de posição.

Iniciada a Redemocratização, criamos a Frente Popular do Acre em 1990, com base na Frente Brasil Popular que organizou a campanha de Lula à Presidência do Brasil em 1989. O PT do Acre contava com três correntes internas (tendências): a) Articulação, liderada por Nilson Mourão; b) Nova Esquerda, liderada por Marina Silva e c) Corrente O Trabalho, liderada por Antonio Manoel. Para preparar o PT e a candidatura de Jorge Viana ao governo do Estado, a Articulação e a Nova Esquerda firmaram um pacto de unidade interna e desta, a aliança com o PC do B, o PSB, e o PV, chegando ao segundo turno e elegendo três deputados estaduais: Marina Silva e Nilson Mourão (PT) e Sérgio Taboada (PC do B).

Entre as altas e baixas, erros e acertos, ganhamos experiência em administrações públicas nos municípios e no Estado; ganhamos muitos militantes e perdemos outros muitos valiosos; criamos e consolidamos nossa identidade e várias lideranças de massa; elaboramos e apresentamos uma proposta de projeto político, econômico, social ao povo; enfrentamos o narcotráfico e a baixa auto-estima da sociedade; entramos na política nacional e enfrentamos o atraso nas diversas áreas. Estas sem dúvida são marcas de uma construção coletiva que já dura vinte e um anos.

O quadro econômico do Acre era desanimador, pois a produção estava mais para a subsistência e de forma predatória; o emprego era apenas no serviço público e de forma clientelista; o servidor público era empurrado ao calote involuntário devido o atraso em seus salários; o campesinato era expulso de suas localidades com violência e morte; as cidades pareciam campos de concentração, sujas e depredadas; o ensino estava em último lugar e por fim, havia medo e desesperança.

Os dois governos de Jorge Viana foram marcados pelo “tudo a fazer” e “fazer de tudo”. O governo Binho Marques avançou em alguns aperfeiçoamentos, especialmente na educação e agora o governo de Tião Viana tem como grande desafio avançar no setor produtivo. Ao falar em setor produtivo, precisamos garantir as bases deste processo: rodovias asfaltadas, energia elétrica, aeroportos, cidades limpas e embelezadas, planejamento, tributação adequada, formação profissional, ordenamento territorial urbano/rural, tradições culturais e etc. Basta olharmos o mapa do Acre do “antes e do depois” da FPA para se observar estas conquistas.

Na formulação de nosso projeto, renunciamos o modelo de “Rondonização tipo anos oitenta” e buscamos implementar o que chamamos de “economia de baixo carbono”, cuja tecnologia ainda é um grande desafio diante do modelo quantitativo de escala e de curto prazo. Nossa consciência nos permite a entender que nosso projeto precisa de um financiamento equilibrado e duradouro, pois apenas as receitas de transferência são insuficientes para bancar nosso desenvolvimento, assim sendo, uma meta importantíssima é garantir a nossa capacidade de endividamento em alta.

Para muitos, o resultado das eleições de 2010 mostram sinais de “cansaço” do povo com o PT/FPA dado seu quarto mandato e seus treze anos de governo consecutivo. Esta avaliação se mostra relativa e superficial da turma do “já ganhamos” ou da turma do “já perdemos”, reduzindo o debate que é histórico e de lutas em um debate eleitoral/eleitoreiro.

O PT/FPA é muito mais que apenas uma eleição, é um movimento social em curso, cujas lideranças estão acima da mesquinhez clientelista e populista. Nossa tarefa política está embasada nas transformações históricas acumuladas nas lutas sociais. Já enfrentamos situações muito mais difíceis e não arredaremos um milímetro do cumprimento de nosso papel político.

A conclusão da BR 364 e dos centros das cidades permitirá investimentos nas áreas mais pobres de nosso estado; considerando ainda a necessidade de investimento em pesquisa e inovação, expansão universitária em todos os municípios, novos cursos tecnológicos, intercâmbio, renovação da liderança empresarial e dos movimentos sociais.

Assim, a principal tarefa do PT/FPA/Governo Tião Viana é inovar nos espaços de criação/elaboração e debate político como também da execução das ações de governo, aproveitando e fortalecendo as experiências acumuladas pelas organizações sociais buscando sempre a inovação de processos e ações junto ao povo.

Entendemos que Partido Político foi feito para o debate, para pensar, sugerir e disputar idéias junto à sociedade. Portanto, entendemos que está no momento exato da realização do congresso da FPA para debater estes e outros temas, repensar seu formato, estrutura, estratégia, formação e escola política. O pragmatismo leva à banalização e à frieza das relações, que se for tudo igual qualquer uma serve, transformando conceitos e processos apenas numa questão de estatística e de quem está melhor nas pesquisas.

Entendemos que é importante o PT incluir no debate sobre as eleições de 2012 as considerações sobre o Pacto Federativo, o desenvolvimento e fontes de financiamento, participação popular, formação de quadros para a gestão pública, papel do Estado e política de aliança entre outros. Tais estudos fortalecerão o espírito da alta responsabilidade social e política; a questão da fidelidade; o espaço político da militância; a criação e inovação de processos e acima de tudo, a satisfação da população com nossos governos e partidos políticos.

Nossa preocupação maior reside na formação de quadros e lideranças, pensar em governar com base apenas em pesquisas de intenção de votos é desqualificar o processo e as pessoas, pois o enfrentamento, o “empate” é movimento, é política! É a emoção e a razão trabalhando juntos.

A Articulação e a Nova Esquerda iniciaram um Pacto em 1990 em torno de Jorge Viana que durou até o governo Binho Marques. Este pacto influenciou a formação da FPA e o sucesso nos processos eleitorais até 2010. Entendemos assim, que o resultado das eleições passadas nos impõe a uma nova reflexão e a um novo Pacto liderado por Tião Viana, renovando o projeto, a aliança, o governo e por fim, as eleições futuras.

Sibá Machado

Deputado Federal PT-Acre

Poronga

“Rico ou pobre, poderoso ou fraco,
todo homem ocioso é um ladrão.”
Jean-Jacques Rousseau

Adeus, Marina!
A imprensa nacional dá como certo que a ex-senadora Marina Silva dará adeus ao PV hoje. Somente um partido que fez a opção por ser pequeno para trabalhar contra uma pessoa que abiscoitou 19,5 milhões de votos.

O futuro
Marina Silva continuará a mesma, sendo respeitada e com o objetivo de chegar à Presidência da República preservado. O PV também ficará na mesma: permanecerá sendo uma legenda nanica. É o que o futuro reserva a ambos.

Negócio ou política
Anarriê! Oficialmente, os festejos juninos acabaram-se. Mas alguns sindicalistas querem manter a fogueira da reivindicação por melhoria salarial acesa. Os funcionários foram convocados para um casamento na roça hoje pelas ruas do Centro de Rio Branco.

Fogueira de vaidade
Resta saber se os sindicalistas querem negociar melhoria salarial mesmo ou se é apenas fogueira de vaidade. Também pode ser uma jogada para manter de pé a disputa no campo político e partidário. Basta verificar que as categorias mais quentes são aquelas comandadas por pessoas ligadas ao PSDB.

Acordos firmados
Há cerca de três semanas, esses mesmos sindicalistas convocaram manifestação semelhante. O fracasso foi retumbante. Pouco mais de 200 funcionários foram às ruas. A tendência é de que a história se repita, haja vista que outras categorias firmaram acordo com a equipe de governo. É esperar para ver.

Diferença pequena
Convenhamos! A diferença entre o que o governo propôs e o que os sindicalistas pedem é muito pequena. A proposta oficial foi de 20%. Os representantes dos servidores querem 21,5%. Radicalizar é politizar.

Arrecadação do Estado
A mania de grandeza dos acreanos acaba levando ao pensamento de que o Acre é muito rico. A verdade não é essa. Toda a arrecadação mensal do Estado é de R$ 53 milhões. O que é arrecadado não cobre nem a folha de pagamento com os salários, que é de R$ 109 milhões. É melhor baixar a bola.

SOS FPE
Com 49 anos de criação, o Acre ainda depende sobremaneira dos repasses constitucionais do FPE. No mês de maio, o Fundo de Participação foi de R$ 159,7 milhões, o que equivale a mais de três vezes a arrecadação mensal.

Total dos repasses
Somados, todos os repasses constitucionais atingem o montante de R$ 195,7 milhões. Com tantas demandas e poucos recursos, o Acre necessita de gestão responsável. Embora a economia do contracheque seja forte, não dá para administrar olhando apenas para os salários dos funcionários. É preciso muito mais.

Frankenstein de Kassab
Demos e tucanos apostam que o PSD terá dificuldades para deixar o papel e tornar-se realidade. O novo-velho partido é o que se pode chamar de “Frankenstein de Kassab”, pois flerta com legendas de todas as tonalidades, em diferentes Estados brasileiros. Vai do PT, na Bahia, ao PMN, no Amazonas.

Prêmio do Basa
Estão abertas as inscrições para os prêmios “Professor Samuel Benchimol” E “Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente”. Os interessados podem acessar o site www.bancodaamazonia.com.br. Este ano, a entrega da premiação será em Macapá (AP), no dia 18 de novembro.

Inovação tecnológica
Esses são os maiores certames de apoio à inovação tecnológica da Amazônia. Em 2009, foram integrados e lançados com regulamento único. São abertos ao público.

Encontro da Maçonaria
Maçons do Acre preparam-se para participar da XL Assembleia-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), que será realizada em Aracaju (SE), no período de 2 a 7 de julho. Vai uma boa tropa acreana comandada pelo grão-mestre Pedro Longo.

Vez do Acre
A Assembleia-Geral do próximo ano tem endereço certo. Será realizada em Rio Branco. Trata-se de um evento importante para movimentar a economia do local onde ocorre, haja vista que centenas de maçons de várias partes do Brasil e do mundo participam.

Secretário-geral
O evento em Aracaju tem significado especial para a Maçonaria acreana. O ex-grão-mestre Vanderlei Freitas Valente pode ser eleito secretário-geral da Maçonaria Simbólica do Brasil. Há quatro anos ele é secretário-geral-adjunto.

Código em foco
Relator do Código Florestal Brasileiro na Comissão de Meio Ambiente do Senado, o petista Jorge Viana vai estar no foco das atenções esta semana. Quinta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estará presente na audiência pública convocada para debater o tema. O parlamentar acreano é um dos mais interessados.

Setor agropecuário
Na sexta-feira, senadores das comissões de Meio Ambiente e Agricultura irão ouvir os representantes das organizações e cooperativas ligadas ao setor agropecuário.

Eleição militar
Depois de amanhã, os militares irão às urnas eleger os dirigentes da Associação dos Militares do Acre (Ame). Essa é uma entidade que se notabilizou pelas encrencas e pela compra de uma camionete no nome do hoje deputado Wherles Rocha (PSDB).

Queima, senhor!
No blog dos militares há uma queimação explicita à chapa 2, que é rotulada de contar com o apoio do secretário Edvaldo Magalhães e da deputada federal Perpétua Almeida, ambos do PC do B. Interessante é que os comunistas têm apoiado a causa do pessoal da polícia.

Nome na mesa
O colunista indagou o ex-prefeito de Brasileia Jose Alvanir (PT) sobre uma eventual candidatura sua à sucessão da também petista Leila Galvão. Ele disse que pôs o nome na mesa para evitar a ocupação do espaço pelos oposicionistas.

É Ribeiro
Informações que chegam de Brasileia dão conta de que o candidato ungido pela oposição será o delegado de polícia Messias Ribeiro. Quem não vai gostar nada disso será o vereador peemedebista Everaldo, que está em campanha.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Poronga

“Uma ideia poderosa transmite um pouco
do seu poder ao homem que a contradiz.”

Marcel Proust

Vitória de Aníbal
Amigo de Anibal Diniz (PT) afirma que, para a semana do senador ser perfeita, só falta o Santos vencer o Peñarol hoje à noite e sagrar-se tricampeão da Libertadores da América. O jogo será mais pedreira do que a disputa judicial contra o suplente Carlos Augusto Coêlho (PMN) no STF.

Pedra cantada
Não foram uma nem duas. Em diversas oportunidades a coluna afirmou que a pretensão do professor Carlos Augusto Coêlho de chegar ao Senado por vias judiciais não teria como prosperar. O ministro do STF Celso de Mello se encarregou de ratificar a opinião de um leigo no tema.

Versão de Coêlho
Coêlho mandou e-mail ao colunista. Afirma que foi corajoso e põe a decisão do STF em xeque, quando propõe a quebra do sigilo telefônico de ministros. O texto completo do suplente está disponível no blog www.leonildorosas.blogspot.com.

Massa de manobra
Você pensa que nasceu no seio dos invasores do Ramal Bom Jesus a ideia de sair em passeata pelas ruas de Rio Branco até a Aleac? A história não foi bem essa. As pessoas foram utilizadas como massa de manobra por políticos que foram ao local onde eles estão acampados insuflar a turma.

Minicomício
Segunda-feira, no fim da tarde, o deputado Wherles Rocha (PSDB) e o vereador Luiz Anute (PPS) foram ao acampamento e fizeram uma espécie de minicomício convocando os supostos sem-teto para a manifestação. Quem informou ao colunista foram policiais militares presentes ao local.

Crianças e mulheres
De forma pouco responsável, os políticos incentivaram a presença de crianças e mulheres na manifestação como forma de angariar simpatia popular. Há cerca de duas semanas, o deputado agiu da mesma forma com moradoras do Taquari, que também ocuparam as galerias da Aleac.

Mal de comando
Inocentes na história, os sem-teto deveriam lembrar que Wherles Rocha, embora seja oficial aposentado da Polícia Militar, não é bom no comando. Foi ele quem levou os militares e bombeiros para o confronto com o governo do Estado. Muitos estão complicados, correndo o risco até de perder o emprego.

Incentivos à ilegalidade
O fato é que esses parlamentares, que são legisladores e devem zelar pela lei, resolveram incentivar a ilegalidade. A área de invasão tem proprietário reconhecido pela Justiça, que concedeu a reintegração de posse. Politizar e partidarizar uma questão dessas é trilhar um caminho perigoso e enganoso.

Queimado na base
Quanto a Luiz Anute, o que se tem a dizer é que ele está queimado na sua base da Saúde. Vendo o horizonte da reeleição distante, o vereador aposta no aumento de vagas na Câmara. Quer que a quantidade salte dos atuais 14 para 23. Acha que terá mais chances.

Documentos históricos
O assunto foi abordado pelo senador Jorge Viana (PT) na tribuna do Senado e pelo professor Marcos Vinicius Neve em artigos publicados no Página 20. Trata-se dos tais documentos secretos da História do Brasil. É uma vergonha e um atentado histórico o que querem fazer.

Relações com vizinhos
Defensores do sigilo eterno fazem o uso de argumentos, no mínimo, estapafúrdios. Afirmam que a divulgação dos documentos poria em xeque as relações com os países vizinhos, em particular o Paraguai, em razão da guerra no século 19. Essa turma poderia ser mais original.

Questão do Acre
Mais bisonha ainda é usar a questão do Acre como escaramuça para manter os documentos de maneira sigilosa. Segundo os defensores da manutenção do segredo, a revelação das ações do Barão do Rio Branco durante a negociação que culminaram no Tratado de Petrópolis irão nos comprometer com a Bolívia. É melhor contar outra.

Guerras e tratados
Desde que o mundo é mundo, as fronteiras foram definidas a partir de guerras e tratados. O Brasil não pode ter vergonha do seu passado. A sociedade não pode ser privada de conhecer passagens importantes da nossa história.

Lugar de felicidade
O colunista não lembra precisamente onde, mas leu que a história das nações não é a história do politicamente correto. Elas não são anjos, nem os homens estão voltados necessariamente para o bem, tendo, na mesma proporção, tendência para o mal. Já foi dito pelo filósofo alemão Friedrich Hegel que a história não é o lugar da felicidade.

Postura do Itamaraty
Felizmente, vêm notícias boas sobre esse tema. Uma é que a presidenta Dilma Rousseff não vai se intrometer na decisão do Senado. A outra é que o Itamaraty, após uma varredura nos documentos, declarou que não há nada que constranja o Brasil.

Tempo que voa
Gilberto Kassab e companhia têm até o dia 30 de setembro para conseguir registrar o PSD no TSE. Com métodos pouco ortodoxos, o prefeito de São Paulo foi flagrado usando a estrutura da prefeitura para conseguir as 490,3 mil assinaturas necessárias para a criação da legenda. Em Santa Catarina até morto lascou assinatura.

Partido Frankenstein
O PSD é o que pode ser chamado de “Partido Frankenstein”. Foi definido por Kassab como não sendo de esquerda, nem de direita, nem de centro. Não é nem governo nem oposição. Deve ser por conta dessa colcha de retalhos ideológicos que conseguiu tantos adeptos, entre eles o senador acreano Sérgio Petecão.

Cento de Multimeios
Na Secretaria de Educação do município há uma turma muito interessante no Centro de Multimeios. Os funcionários são responsáveis pela articulação com as escolas, incentivando as aulas de leitura e de história. Ontem, o colunista conheceu melhor o pessoal, que fez uma apresentação na Agência do INSS no bairro Bosque. Os segurados e funcionários ficaram emocionados com a apresentação.

Pessoal potencializado
O secretário municipal de Educação, Márcio Batista, revelou ao colunista que, desde que assumiu, adotou como prática potencializar os funcionários do Centro de Multimeios. Faz muito bem.

Busca da intermediação
Uma comissão de magistrados formada pelos juízes Marcelo Carvalho, presidente da Asmac, Maria Cezarinete, Écio Sabo e Luiz Camolez busca harmonia entre os poderes e restabelecer o diálogo republicano entre Executivo, Legislativo e Judiciário na questão que envolve a discussão da LDO. Para lograr êxito, porém, necessita da anuência do presidente do TJ, desembargador Adair Longuini.

Obstáculo
Semana passada, o grupo de juízes teve encontro com o presidente da Aleac, Elson Santiago (PP), e no início desta semana avançou em conversações com o governador Tião Viana. Ontem, ao buscar reeditar a agenda com o presidente Adair Longuini, não teve acesso ao desembargador. Foram recebidos pelo juiz auxiliar da presidência Laudivon Nogueira.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Outro lado

Coêlho manda sua versão

O professor Carlos Augusto Coêlho mandou e-mail sobre nota publicada aqui no blog.

Afirma que foi corajoso e põe o STF em xeque.

Leia o texto na integra:

“Caro Léo, após ler sua nota, cheguei a conclusão que o título mais correto seria: O Coêlho não se acovardou.

Percebi sua animação e sua torcida pela permanência do Aníbal, mesmo que irregular. O que para mim não têm nenhum problema, respeito plenamente sua opção. Já pensou se nós pedíssemos para quebrar o sigilo telefônico e analisar as agendas de todo os visitantes ao STF, bem como, as visitas ao ex-presidente Lula, dos defensores do Aníbal, logo chegaremos a conclusão de que a decisão não foi jurídica e sim política.

Quando você afirma: “Se cabia alguma ação era a de impugnação de candidatura, o que não ocorreu". È verdadeira sua afirmação. No entanto, não ocorreu exatamente em função da Fraude cometida e comprovada pelos Diários Oficiais do Estado. A não publicação em tempo hábil, do Decreto 14.223, de 24/04/2006, retroativo a 01/04/2006, publicada somente 09(nove) meses depois, em 05/01/2007, num total desrespeito ao Principio Constitucional da publicidade dos Atos Oficiais, foi exatamente o Ato irregular. Você ainda acha isso é correto e justo?

Se você concordar com isso, passo a lhe desconhecer. Quanto ao foco que você se refere. Esclareço que continuarei a lutar pela a verdade e pela justiça que acredito nas ações de minha vida. Infelizmente, deparo-me com a Injustiça da própria Justiça, quando se apega aos subterfúgios da Lei, fico preocupado é com o comportamento dos jovens que estão cursando o curso de Direito nas nossas Instituições de ensino, quando de pronto, perceberem, que é possível transformar o certo no errado. O Justo no Injusto.

Como seria bom e saudável que verdadeiramente em todos os aspectos a Justiça fosse Justa. Prof. Coêlho- SUPLENTE DE SENADOR.

Poronga

“É melhor galgar um metro e parar, mesmo quando
você quer percorrer um quilômetro.”

Hubert H. Humphey

Veneno de cobra
Na política há muitas pessoas como essa bichinha “capturada” sobre uma árvore pelo repórter fotográfico Regiclay Saady. São seres lisos, sorrateiros e bastante venenosos. É recomendável ficar atento para não ser picado e, se for, contar com a proteção do soro antiofídico.

Emenda à inicial
Está no site do STF. O ministro Antonio Dias Toffoli leu e releu as 26 páginas do mandado de segurança impetrado pelo Tribunal de Justiça contra o governo do Estado do Acre e não entendeu o que o Judiciário realmente quer. Tanto que determinou que fosse feita uma emenda ao pedido inicial.

Dez dias
O despacho de Dias Toffoli foi publicado na sexta-feira. Ele concedeu 10 dias para que o advogado contratado pelo Tribunal de Justiça, Jorge Araken Filho, explique melhor o que realmente pretende. O causídico terá que queimar pestanas.

Caiu mal
O fato é que não caiu bem a iniciativa do Judiciário de contratar uma banca de advocacia para defender seu pleito. O correto, salvo melhor juízo, seria solicitar os trabalhos da Procuradoria-Geral do Estado, que é a responsável por essas questões.

Hora de ouvir
O colunista conversou por telefone com o relator da LDO, deputado Geraldo Pereira (PT). O petista falou sobre a reunião de ontem na Comissão de Orçamento e Finanças da Aleac com três juízes e quatro técnicos do Poder Judiciário. O parlamentar não emitiu juízo de valor. Limitou-se a declarar que esse é o momento de ouvir os poderes.

Próxima semana
Geraldo Pereira, porém, deixou escapar que o tempo para a audição não será tão demorado como querem alguns. Segundo ele, a previsão é de que seu relatório esteja pronto na próxima semana. Pereira foi ex-secretário de Fazenda e entende do negócio.

O outro lado
No fim da tarde, Pereira teve reunião com o secretário de Fazenda Mâncio Cordeiro, com o assessor especial do Executivo Carioca Nepomuceno e com o líder do governo na Aleac Moisés Diniz. A pauta não podia ser outra: LDO. O deputado foi ouvir a opinião do lado do Executivo. Detalhe: o encontro foi na sala do secretário Mâncio Cordeiro.

Votos de Fernando
Fernando Melo embarca no PMDB apontado como provável candidato do partido à prefeitura de Rio Branco. A expectativa é grande, mas é sempre bom confrontar a fama como a quantidade de votos. Nas eleições de 2010, quando não conseguiu renovar o mandato, o ex-deputado federal pelo PT obteve 6.919 sufrágios na capital.

Votação de Correia
Oponente direto de Fernando Melo no PMDB, o ex-deputado João Correia concorreu ao Senado e obteve 57.301 votos na capital. E olha que nem fez campanha. Passou o tempo brigando e fazendo greve de fome.

Quadro diferente
É claro que os menos de sete mil votos obtidos por Fernando Melo não significam que será mal-sucedido numa eventual disputa para a prefeitura. Mas não deixa de ser uma sinalização de que o novo peemedebista necessitará de bastante suplemento eleitoral.

Bichos de pena
Os bichos de pena não se deram bem na semifinal do Campeonato Acreano de Futebol. O Galo (Atlético Acreano) não aguentou o Plácido de Castro. Na segunda partida a Águia (Juventus) sucumbiu diante do Rio Branco. Se quiserem voar até a final, os derrotados necessitam melhorar a performance no próximo domingo.

Idade de dama
É regra da boa educação não revelar a idade de uma dama. Quando a revelação é feita de forma equivocada, é quase imperdoável. Foi o que aconteceu com a coluna, ao publicar que a desembargadora Miracele Lopes Borges irá se aposentar porque completará 80 anos. O erro gritante adicionou mais uma dezena de anos à magistrada. Mil perdões.

Pelo interior
Conduzido de forma biônica à presidência do PP no Estado, o deputado Gladson Cameli fez um périplo pelo interior. Foi acompanhado de dirigentes partidários conversar com as bases.

Perda de patente
Com a ascensão de Cameli ao posto de general, o ex-presidente do PP João Pereira foi rebaixado de patente. Agora é vice-presidente. Pereira é ligado ao vice-governador César Messias.

Diretórios fixos
Entre as primeiras medidas adotadas por Gladson Cameli na presidência do PP está a de instalar diretórios fixos em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Brasiléia. São municípios com os maiores colégios eleitorais.

Recomendação do TCE
Não é de exclusiva iniciativa da mesa diretora da Aleac a mudança de regras para a cota de passagem e do uso da verba de gabinete. Essa é uma recomendação expressa do TCE. O assunto vem sendo tratado desde o início do ano e já consumiu muitas horas de conversa.

Ajuste na Câmara
O que a Aleac fará vem sendo feito há mais tempo na Câmara de Vereadores de Rio Branco. Os parlamentares municipais foram obrigados a se ajustarem à legislação por recomendação da corte de contas.

Dono de partido
Flaviano Melo veio a público declarar que o PMDB não tem dono. É preocupante quando um presidente de legenda age dessa forma. Afinal, essa questão de propriedade de legenda lhe é imputada há muito tempo.

Caravana santista
Vários santistas embarcam hoje para São Paulo. Vão assistir à final da Libertadores amanhã, no Pacaembu. A espinha da turma do peixe pode ficar engasgada na garganta se o Peñarol do Uruguai resolver engrossar o caldo.

Dia de conversa
Ontem, a tarde foi intensa pelas bandas da Secretaria de Assuntos Institucionais. Representantes dos servidores públicos debateram muito com a equipe de governo. Não está longe o entendimento.

Governador em Sena
Tião Viana (PT) hoje praticamente madruga em Sena Madureira. Lança, às 8 horas, o Programa Ruas do Povo. Serão pavimentadas 19 ruas, perfazendo quase quatro quilômetros. O lançamento será no bairro Eugênio Augusto Areal.

Terceira visita
Sena Madureira vem merecendo atenção especial do governador. Em menos de três meses, essa será a terceira vez que o governador visita o município.

Aniversário da Diocese
Católicos do Acre, preparam-se para uma grande festa. Quinta-feira terá a celebração de Corpus Christi e a abertura do ano jubilar. Será comemorada a passagem da Prelazia para a categoria da Diocese em Rio Branco. O evento religioso acontecerá na Praça da Revolução, a partir das 5 horas. A instalação da Diocese ocorreu no dia 29 de junho de 1986.