quarta-feira, 29 de junho de 2011

Poronga

“Amigo! O campo é ninho do poeta...
Deus fala, quando a turba está quieta, às campinas em flor.”
Castro Alves

Faltou combinar
Dizem que a história aconteceu na Copa do Mundo de 1958, no jogo do Brasil contra a então União Soviética. O técnico Vicente Feola chamou Mané Garrincha no canto:

- Mané, você pega a bola e dribla o primeiro beque; quando chegar o segundo, você dribla também. Vai até a linha de fundo e cruza para trás, para o Vavá marcar.

Ingênuo e malicioso, o “Anjo das Pernas Tortas” indagou:

- Tudo bem, seo Feola, mas o senhor combinou com os russos?

E foi mais ou menos o que aconteceu com os sindicalistas: chamaram para uma manifestação ontem, mas não combinaram com os servidores. A situação está russa.

Jogo de cintura
Os sindicalistas estão pagando mico porque são como os jogadores russos: não têm jogo de cintura e terminam sendo driblados com facilidade por quem tem mais habilidade no gramado da mesa de negociação. É a base que leva as lideranças, e não o contrário.

Faltou plateia
Manifestação sem a presença de um grande número de servidores é como jogo de futebol sem torcida: não tem graça. Quase sempre os sindicalistas ficam com a cara de Mané. E não é de Mané Garrincha, que fazia da ginga com as pernas tortas a alegria do seu público.

Sem mobilização
Os 11 sindicatos que chamaram para a mobilização representam 23 mil servidores. Foram incapazes de mobilizar a categoria. Menos de 200 pessoas saíram de casa e do local de trabalho para protestar. É ruim ver um jogo terminar de forma tão melancólica.

Jogo jogado
O fracasso da manifestação de ontem, porém, não deve servir para que os governistas coloquem a faixa de campeões. Eles ainda terão que conversar muito e driblar vários obstáculos. A situação com o servidor público precisa ser melhorara e aprimorada diariamente. A insatisfação grande. E essa conspiração do silêncio é a pior que tem, pois costuma se manifestar no encontro com as urnas. O povo não é Mané. Está mais para Garrincha.

Pão torrado
Edvaldo Teles (PMDB) é o nome de batismo do prefeito Padeiro, do Bujari. O peemedebista passou a comer o pão que o diabo amassou desde que ensaiou uma aproximação com o governador Tião Viana (PT) e, consequentemente, com os partidos da FPA. Seus aliados e correligionários o querem torrado.

Relação institucional
Até onde se tem conhecimento, Padeiro não tem como deixar o PMDB, sob pena de ser expulso por infidelidade. Também não constitui crime ele ter uma relação institucional com o governador.

Homem de bem
Padeiro está recebendo tratamento de seus aliados que nunca recebera dos adversários no PT e na FPA. As maiores lideranças do grupo político que está no governo sempre respeitaram o prefeito de Bujari, a quem classificam como “um homem de bem e honesto”.

Segundo peemedebista
Caso realmente decida se aliar com o governo, Edvaldo Padeiro não estará sozinho no PMDB. O prefeito peemedebista de Mâncio Lima, Cleidson Rocha, é aliado desde a eleição de 2008 e não demonstrou qualquer tipo de arrependimento até agora.

Discurso do açougueiro
A falta de quorum foi tão gritante na manifestação que o açougueiro Rui Birico foi anunciado como liderança para discursar. Ele fez o que mais gosta: desceu o malho no governo.

Verde da Alemanha
Marina Silva viaja amanhã para a Alemanha. Foi convidada pelos dirigentes do Partido Verde daquele país para uma conversa. Quem sabe por lá ela se entende, porque com a turma de cá está escuro...

Conversa ampliada
Segundo a assessoria de Marina Silva, quando retornar, a ex-senadora terá uma “conversa ampliada” com os verdes do Brasil. Deve ser para anunciar a saída.

Convenções impugnadas
Os demos estão dispostos a tornar a vida da criação do PSD um inferno. Para isso, preparam pedidos de impugnação das convenções que o partido de Gilberto Kassab pretende realizar a partir deste fim de semana. A notícia original está na coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Legenda inexistente
A argumentação dos dirigentes do Democratas é de que o PSD não existe no papel nem dispõe de filiados que legitimem as convenções.

Louco e ladrão
Desde que resolveu trilhar pelo caminho da oposição, o deputado Gilberto Diniz (PT do B) demonstra ter perdido o equilíbrio. Recentemente, tachou o governador Tião Viana de “ladrão de consciência”. Ontem, classificou o petista Jonas Lima de louco.

Código de Ética
Os membros da mesa diretora não podem achar que as agressões serão resolvidas apenas suspendendo a sessão. Há um Código de Ética e Decoro Parlamentar na Aleac. Basta fazer com que seja aplicado e deixe de ser apenas peça decorativa.

Proteção na via
Foram necessários vários acidentes para que medidas preventivas fossem adotadas na Via Verde, em frente à Escola Clinio Brandão. Felizmente, os responsáveis pela fiscalização mandaram construir dois quebra-molas em pontos estratégicos. Os alunos, professores e a comunidade agradecem.

Haja coração
Responsável pela redução da quantidade de erros na coluna, o jornalista Beneilton Damasceno resolveu brindar o colunista com um texto-homenagem publicado na edição de ontem. Além de agradecer eternamente, vou dar um aviso: se o meu velho coração não aguentar, você, caro leitor, sabe quem é o culpado.

Artigo de Sibá
Sibá Machado (PT) publicou artigo neste Página 20 deveras interessante. O deputado federal trouxe às páginas a proposta de a FPA realizar um congresso para debater e repensar seu formato, estrutura, estratégia, formação e escola política. O texto foi reproduzido no blog www.leonildorosas.blogspot.com.

Invasão no Quadrilhódromo
Não havia lugar mais simbólico para a quadrilha de invasão tentar ocupar: dessa vez buscaram o Quadrilhódromo no Conjunto Tucumã. É imperioso que providências sejam tomadas o quanto antes.

Regulamento da Cavalgada
Sempre irônico, o jornalista Washington Aquino levantou uma questão interessante sobre o regulamento da Cavalgada da Expoacre. Segundo ele, lembraram de tudo, mas se esqueceram de falar sobre o cavalo.

A jaqueta ou a vida!
Às 7h30 de ontem, um jovem passava numa das ruas do Conjunto Castelo Branco quando dois ladrões chegaram e disseram: “Levanta as mãos e passa a jaqueta!”. Os larápios estavam com frio mesmo. Detalhe: os moradores da região pedem mais segurança.

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