O papel da oposição no Acre
Semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou artigo explicitando qual seria o papel da oposição no campo político nacional.
Longo, o texto do sociólogo tucano teve o condão de desagradar governistas e oposicionistas. Até quem não teve paciência para ler criticou.
As mais de 10 páginas foram resumidas em poucas linhas, principalmente quando ele aponta que a oposição deveria deixar de disputar com o PT os votos do “povão” para investir numa nova classe média.
Fernando Herinque Cardoso visivelmente tenta salvar sua biografia como ex-mandatário da nação. Não se conforma que seus oito anos no governo sejam ignorados até por quem deveria ser aliado.
Quase octogenário, o ex-presidente ainda quer protagonizar na política nacional. Sabe que o PSDB (partido que ajudou a fundar) perdeu o prumo desde que o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu subir a rampa do Palácio do Planalto como presidente.
O que acontece em nível nacional não é diferente do que ocorre no Acre.
Há mais de 12 anos sem saborear o poder, a oposição acreana tem se limitado a tecer críticas contra o governo, sem apontar rumos e projeto alternativo para o Acre.
Não é certo agir como biruta de aeroporto e se comportar ao sabor do vento. Qualquer grupo político que pense chegar ao poder tem que agir diferente, de forma mais responsável.
O pessoal que governa o Estado e a maioria dos municípios agiu assim. Capitaneados pelo PT, os governistas sabiam fazer oposição e construíram um projeto que foi aprovado em mais de uma oportunidade pela população.
De certa forma, a oposição carrega nas costas o dever de ter mais responsabilidade do que quem está no poder, pois representa a renovação e a esperança de dias melhores para uma gama considerável de cidadãos e cidadãs.
Mas, pelo que se tem visto no Acre, não há o compromisso nem a responsabilidade dos opositores. Eles não conseguem se entender entre eles.
Não há um projeto coletivo, mas um ajuntamento desorganizado de interesses individuais sobrepondo a capacidade de formular um projeto político e economicamente viável para o Estado.
A própria eleição de Sérgio Petecão é reflexo dessa desorganização. Recém-convertido ao campo oposicionista, ele aproveitou a falta de projetos e o medo de perder de outras lideranças oposicionistas para viabilizar seu projeto pessoal. Acabou ganhando um mandato de senador.
Fernando Henrique Cardoso fez críticas acerbas à oposição em nível nacional. Imagine o que diria se conhecesse a oposição no Acre...
Docilidade de Astério
Carioca Nepomuceno respondeu da seguinte forma as críticas que o deputado Astério Moreira (PRP) vem fazendo ao governo: “Vendo essas declarações ácidas me faz lembrar-se da docilidade com que ele me procurou para ajudá-lo a trocar de partido sem perder o mandato”. O parlamentar fora eleito pelo PSB.
Carioca otimista
O assessor do governador arrematou: “Sou otimista e considero que o Astério Moreira que conheci na Câmara de Vereadores irá retornar para a Assembleia Legislativa”.
Ação da URP
Se você é servidor público, não perca o encontro com os advogados Hilário de Castro Melo Júnior e Wolmy Barbosa de Freitas. Os causídicos irão falar sobre a reposição de perdas salariais e inflacionárias causadas pela aplicação da Unidade de Referência de Preços (URP). A reunião será terça-feira, a partir das 9 horas, no auditório do Ministério da Saúde, nas proximidades do Detran.
Governo em Sena
Esta semana, o governador Tião Viana (PT) levará toda a equipe de governo para Sena Madureira. A expectativa é grande, em razão da necessidade de praticamente reconstruir o terceiro maior município do Acre.
Perda total
A partir da experiência de Sena Madureira, que passou quase dois anos sem prefeito, a Justiça Eleitoral acreana pode rever conceitos e critérios de julgamento. Nos três municípios em que a vontade popular foi mudada nos tribunais a perda foi quase total.
Feijó e Acrelândia
Em Sena Madureira, o prefeito Nilson Areal, após travar uma longa batalha judicial, retornou ao cargo. A mesma sorte não tiveram Juarez Leitão, em Feijó, e Vilseu Ferreira, em Acrelândia.
Gestões desastrosas
Pelas bandas de Feijó a administração de Dindim Pinheiro (PSDB) é desastrosa sob todos os aspectos. O tucano não resiste a uma auditoria mais aprofundada. Em Acrelândia a política entrou na seara da polícia. O sucessor de Vilseu Ferreira está preso sob acusação de contratar pistoleiro para matar adversário.
PSD é 30
O número do PSD será o 30. O partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, poderia escolher entre as três dezenas o 18, o 28 e o 51.
Esperteza política
Quando anuncia que é oposição no Acre, mas faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Sérgio Petecão faz o uso da esperteza política. O apoio à petista lhe garante a liberação de recursos.
Gueto de Geraldinho
Petecão deve lembrar-se do exemplo do ex-senador Geraldinho Mesquita (PMDB), que fez oposição no Acre e em Brasília. A postura do peemedebista lhe levou para o gueto.
Eleitor de Serra
Essa esperteza de Petecão, porém, pode lhe custar caro. Seus eleitores não são os eleitores de Dilma Rousseff. Seus votos foram praticamente casados com o tucano derrotado José Serra. A fatura da contradição será cobrada.
Maçonaria solidária
A Grande Loja Maçônica do Acre entrou na campanha solidária para arrecadar produtos a serem doados às famílias desabrigadas pela cheia do rio Acre. A organização é conhecida pela capacidade de trabalhar filantropicamente sem dar publicidade.
Ponto de arrecadação
O ponto de arrecadação da maçonaria é a sede da Grande Loja Maçônica. Fica na Rua Educandos, 21, na Vila Ivonete. O grão-mestre Pedro Longo adiantou que todas as doações serão bem-vidas.
Nível máximo
Você sabia que o nível máximo alcançado pelo rio Acre foi de 17,66 metros? O fato ocorreu no dia 14 de março de 1987, segundo dados obtidos na Defesa Civil do Estado.
Curso de sargento
Para que os militares pudessem ajudar os desabrigados pela cheia do Rio Acre, o governo suspendeu o curso oferecido a 104 sargentos. A proposta de adiamento partiu do subsecretário de Segurança Pública, Ermício Sena, e foi prontamente acatada.
Mudança de domicilio
Muito bem avaliada no sétimo ano de administração, a prefeita de Brasileia, Leila Galvão (PT), pode mudar o domicílio eleitoral para Epitaciolândia. Essa é uma possibilidade aventada por setores
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