quarta-feira, 2 de março de 2011

Poronga de hoje

A vida real em cartaz
O nome dela é Sebastiana Barroso. Tem 67 anos, é natural de Boca do Acre (AM). Todos os dias estaciona sua cadeira de rodas em frente ao Cine Teatro Recreio, onde faz ponto para pedir. A sua vida real é igual à de tantas outras sebastianas espalhadas pelo mundo: um drama constante. São existências diferentes da ficção exibida nos filmes que estão em cartaz no mostruário que compõe a fotografia de Marcos Vicentti. Ô mundo tão desigual, tudo é tão desigual...

Dois meses
Tião Viana (PT) completou dois meses de governo ontem. Nesse período, o governador imprimiu um ritmo acelerado. Dá a impressão de que corre contra o tempo para tentar cumprir todos os compromissos assumidos em campanha. O petista demonstra que vai acelerar ainda mais nos próximos 46 meses.

Tem assessor e secretário de governo assustado com o ritmo de Tião Viana. É bom esse pessoal acompanhar a pisada. O governador não aceitará quem ficar para trás comendo poeira. O dia da avaliação de desempenho está próximo.

Nesse ritmo frenético, Viana não deixa de lado a gestão, mas tem procurado contaminar o governo de política. O secretário não basta ser técnico. Tem que entender da arte originária da antiga Grécia.

TV Senado
Todo mundo ligado mais cedo hoje na TV Senado, canal 16. Às 10 horas (horário de Brasília), os senadores da Comissão de Constituição e Justiça se reunirão para debater o retorno imediato ou não do antigo fuso horário do Acre. Fique sintonizado.

O povo certo
José Sarney (PMDB-AP) disse aos deputados acreanos e ao senador Sérgio Petecão (PMN) que o povo do Acre está certo e que a sua vontade sobre o fuso horário teria que ser respeitada. Disse o óbvio, pois ninguém discorda disso. Esqueceu-se de explicar o porquê de não ter sancionado o referendo imediatamente.

Entre as muitas falas sobre o fuso horário ontem na Aleac, a de José Luiz Tchê (PDT) soou como a melhor. O pedetista jogou a culpa na indecisão no presidente do Senado, José Sarney. Foi ele quem encaminhou o assunto à CCJ. O morubixaba, aliás, está no rol dos amigos citados pelo senador Sérgio Petecão.

Interessante a proposta de Dudu Farias (PC do B) para solucionar a falta de CRM de médicos formados no exterior. O comunista propõe que os formados passem seis meses estudando para obter os créditos e um ano e meio trabalhando no interior do Estado, sob a supervisão dos órgãos competentes. A ideia é boa, mas é pouco provável que o corporativismo dos homens de branco deixe prosperar.

Tucanos panfletários
Pegando carona na insatisfação dos usuários de transporte coletivo contra o aumento da tarifa, o PSDB distribui panfleto acusando o governo do Estado pelo reajuste. O texto é duro e agressivo. Os tucanos panfletários poderiam ter evitado as manifestações de Tião Bocalom e Marcio Bittar. A dupla que pretende chegar à prefeitura pode ser cobrada mais tarde.

Sorriso maroto
Lideranças opositoras esboçam um sorriso maroto sempre que indagadas sobre a posição do senador Sérgio Petecão (PMN), que se comporta como opositor do PT no Acre e de aliado em Brasília. A avaliação é de que o parlamentar pode se queimar ao acender duas velas para santos distintos. A coluna não aposta na queimadura.

Finanças sindicais
Fonte boa garante que as finanças de um dos maiores sindicatos do Acre não está entre as melhores. O abalo financeiro é grande. A coluna vai apurar melhor a situação para publicar detalhes.

União improvável
Responda rápido: como a oposição irá sair unida nas eleições municipais do ano que vem em Rio Branco se o PMDB pensa em lançar candidatura própria? A não ser que os peemedebistas estejam blefando novamente.

Turno extra
A oposição tentará em 2012 a estratégia que não deu certo em 2008. Os partidos lançarão mais de um candidato para tentar levar o pleito ao turno extra. O entendimento é de que o segundo turno é uma nova eleição.

Carnaval prolongado
Ao prolongar o horário do carnaval da Arena da Floresta para as 3 horas da madrugada, o governo pode esvaziar a folia em Senador Guiomard. Nos últimos anos, quando o ziriguidum acabava na capital, os foliões punham os pés na estrada para curtir no município vizinho.

Elogio e elogio
Há elogios que é melhor não serem ditos. Quando as carícias verbais saem de boca de pessoas pouco habilitadas, a situação é ainda pior. É desnecessário, por exemplo, o senhor Narciso Mendes sair por aí elogiando o governo do Estado. Aliados e adversários ficam sem entender. O silêncio dessas pessoas, na maioria das vezes, é uma bela poesia. Passa da hora de alguém pedir para ele voltar a fazer ataques.

Liderança da oposição
Wherles Rocha (PSDB) tem pressa para se credenciar como líder da oposição na Aleac. O tucano não pode esquecer que para obter o cacife é fundamental se credenciar junto aos demais oposicionistas. O líder não se constrói apenas pelo espaço que usa na imprensa.

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