quinta-feira, 3 de março de 2011

Poronga de hoje

Vândalos na bandeira
Os vândalos agiram no marco da bandeira acreana, no Calçadão da Gameleira. Pelo prazer de destruir, derrubaram a placa que traz informações preciosas aos turistas e demais visitantes do espaço sobre a nossa história. Atitudes como essas têm que ser punidas como maior rigor. O cidadão ou cidadã não pode sair por aí destruindo o patrimônio público impunemente.

Deu a previsão
A coluna havia previsto que os senadores da CCJ do Senado não mandariam entrar em vigor imediatamente o referendo que restituiu o antigo fuso horário do Acre. Não, não foi nenhum exercício de futurologia. Foi apenas o conhecimento mínimo da Constituição da República. Um decreto legislativo não sobrepõe uma lei.

Referendo atravessado
Não foi verbalizado publicamente. Nas entrelinhas, porém, a maioria dos senadores da CCJ deu a entender que o referendo realizado no Acre em outubro do ano se deu de forma atravessada, sem seguir os preceitos legais. Infelizmente, essa é a verdade.

Voto em separado
Os membros da CCJ acompanharam o voto em separado do senador Pedro Taques (PDT-MS), que defendeu o retorno do horário antigo, conforme estabelecido em 1913, mas lembrou sobre os preceitos constitucionais que poderiam ser atingidos caso o resultado do referendo entrasse em vigor imediatamente.

Ponteiros acertados
Senadores do Mato Grosso e de Goiás, respectivamente, Pedro Taques (PDT) e Demóstenes Torres (DEM), acertaram os ponteiros com suas argumentações. Fizeram os demais parlamentares enxergarem o risco de entrar na ilegalidade. O pedetista foi procurador da República. O democrata é procurar de Justiça. A CCJ, como o próprio nome diz, é para agir conforme a Constituição.

Pedido de Petecão
Antes de proferir o seu voto, Demóstenes Torres revelou o pedido de Sérgio Petecão (PMN) para que votasse pela imediata aplicação do resultado do referendo. O goiano argumentou que não podia fazê-lo porque afrontaria a Constituição. “O referendo foi feito de forma totalmente equivocada”, disse.

Senador de oposição
A posição de Demóstenes Torres pôs por terra as especulações de que políticos da FPA do Acre estavam por trás da protelação da entrada em vigor do fuso. Torres é um dos mais ferrenhos opositores do PT no Brasil. Um detalhe: é oposição aos petistas em Brasília e em Goiás.

Sentimento coletivo
A vontade da maioria da população acreana será respeitada. Há na CCJ esse sentimento coletivo. O retorno do antigo fuso demorará um pouco mais porque será necessário apresentar um novo projeto de lei para que isso aconteça. Foi tudo acordado, inclusive, com o aval do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Euforia opositora
A oposição diz não querer politizar a questão do fuso. Leia o que disse o eufórico deputado estadual Wherles Rocha (PSDB) e conclua: “Desse jeito nós vamos chegar ao governo logo e vocês passarão a ser oposição”. Isso é querer fazer uso político ou não?

Preparo melhor
As sessões da CCJ transmitidas pela TV Senado revelaram que Sérgio Petecão necessita se preparar melhor para o debate. O parlamentar tem que entender que passou a conviver com as “cobras criadas” da política nacional. Relator da matéria sobre o fuso, o senador se embananou todo na hora de maior pressão. O fuso o deixou confuso.

Queimação de senadores
Jorge Viana (PT) reclamou da queimação na imprensa feita contra os senadores Pedro Taques e Eduardo Braga (PMDB-AM), contrários à entrada em vigor do referendo. Quando o petista falava, Demóstenes Torres comentou: “Fique tranquilo. Eu sou culpado sempre”.

Posição das cortes
A Justiça Eleitoral não pode ficar calada diante da decisão da CCJ, que desconsiderou o resultado do referendo realizado em outubro de 2010. É o mínimo que se espera do TSE e do TRE.

Bittar e o tucanato
Marcio Bittar está com a corda toda junto ao tucanato. O deputado federal eleito pelo Acre foi escolhido pelo presidente nacional do PSDB para compor o colegiado de tucanos que representará o partido nas discussões sobre a reforma política. O comando do processo de discussão ficará com o senador Aécio Neves (MG).

Fiação da catedral
Não faltava mais nada. Os ladrões resolveram levar a fiação da rede elétrica da Catedral Nossa Senhora de Nazaré. Felizmente, a informação é de que foi dado um freio nos furtos, o que é muito bom. Não seria nada romântico acompanhar a celebração da missa à luz de vela.

Proteção humana
Para assegurar que os ladrões não irão “visitar” as dependências do templo religioso, a Diocese não confiou apenas na proteção divina. Tratou de contratar empresa especializada em vigilância patrimonial.

Socorro aos vestibulandos
Acadêmicos aprovados no vestibular da Ufac foram pedir socorro aos deputados estaduais. Ótimo. Foram bem recebidos, ouviram discursos solidários, mas a medida de nada valerá. O assunto não é político. É jurídico. Cabe à Ufac ingressar com recurso para reverter a decisão do TRF que anulou o certame.

Assuntos diversos
A verdade é que os deputados estaduais têm se preocupado muito com assuntos que estão fora da sua alçada. Seria melhor se os nobres passassem a olhar para as questões que, de fato, lhes são inerentes.

Carteira vencida
Tente embarcar numa companhia aérea com a carteira de identidade vencida, para ver se consegue. Consegue não, caro leitor! Se a coisa é assim, a exigência prevista no edital do vestibular não é tão descabida.

Reunião e definição
Comentário ouvido pelo colunista entre os servidores da Aleac: “A mesa diretora faz muita reunião, mas tem pouca definição”. A reclamação entre os barnabés é geral.

Desavença pública
O pior é que a falta de sintonia do presidente Elson Santiago (PP) com o primeiro-secretário Ney Amorim (PT) é de domínio público. O petista tem o apoio do segundo-secretário José Luiz Tchê (PDT). Sem a ajuda da dupla, o progressista não decola.

Jorge e o Haiti
Bola dentro de Jorge Viana (PT) nessa questão dos haitianos que estão em Brasileia. O senador propôs a criação de uma comissão externa do Senado para verificar a situação in loco. Essa é uma questão de alçada federal. O governo do Estado e a prefeitura não podem carregar o ônus sozinho.

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