sábado, 10 de maio de 2008

Mística do 15 e o dilema da oposição
É difícil acreditar que os dirigentes peemedebistas pensem que o simples fato de o PMDB lançar candidato a prefeito em Rio Branco vai pôr a militância do 15 na rua. Essa é uma avaliação ingênua, para não dizer outra coisa.

O que traz militante é projeto de governo e, principalmente, perspectiva de poder. Isso, ao menos a curto prazo, está difícil de acontecer para os peemedebistas.

Outro erro primário dentro do PMDB é dizer que o deputado federal Flaviano Melo é o grande responsável e condutor pela reorganização do partido.

Melo, na verdade, foi o grande culpado de a legenda ter chegado ao nível que chegou. Seu grande erro foi largar a prefeitura em 2002 para tentar chegar ao governo.

O ex-quase tudo no Acre finge se preocupar com o partido, mas no fundo tem preocupação é consigo próprio. É um dos políticos mais bem pagos do Brasil. Recebe o salário de deputado e pensões no Senado e no governo como ex-senador e ex-governador, respectivamente.

Conduzido por pessoas como Flaviano Melo, ao longo dos anos, o PMDB e os demais partidos da oposição esqueceram e não priorizaram a formação de novas lideranças. É tanto que até hoje o deputado é visto como uma das alternativas para derrotar a FPA. Outra alternativa - Marcio Bittar (PPS) - também veio do PMDB. Mas os dois não se suportam.

O que falta na oposição, sobra na FPA. Além dos irmãos Jorge e Tião Viana, há muitas outras lideranças. Marina Silva, Binho Marques, Raimundo Angelim, Perpétua Almeida e Edvaldo Magalhães são alguns exemplos.

Se fosse no futebol, poder-se-ia afirmar que a FPA investiu na divisão de base. Já a oposição aposta nos veteranos..

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