domingo, 13 de abril de 2008

Narciso, as palavras de
um morto-vivo da política
Narciso Mendes, aquele senhor que gabava-se de ser corrupto e corruptor, segundo seus adversários, resolveu partir para cima do editor do blog neste fim de semana.

Publicou um artigo sem pé nem cabeça para afirmar que eu defendo que eleitores mortos permaneçam no cadastro eleitoral do TRE.

Narciso entende de morto. Foi muito vivo para garantir junto à prefeitura de Rio Branco, na gestão de um dos seus ex-aliados do falecido MDA, contrato de duas décadas para que no cemitério de propriedade de sua família sejam enterrados os restos mortais da sociedade rio-branquense. Não é de estranhar que esteja fingido-se de morto para continuar acendendo as velas certas para quem está no poder.

Narciso é um morto político, que foi ressuscitado economicamente desde que saiu da posição de adversário para bajulador da Frente Popular.

Eu, no lugar dele, ficaria morto de vergonha de prestar ao papel que hora presta.


Tenho 43 anos. Sempre me mantive politicamente do mesmo lado. Nunca corrompi, nem fui corrompido.

Modéstia à parte, sei que dei uma ínfima parcela de contribuição para que pessoas da laia de Narciso morressem politicamente. Morto ele está. Só falta enterrar.

Quanto à minha relação com o deputado federal Sérgio Petecão, devo deixar claro que nutro por ele uma sincera amizade, que vai além dos interesses econômicos mencionados pelo senhor Narciso.

Quem faz tudo por dinheiro, e isso a história tem demonstrado, é o senhor Narciso. O Acre inteiro sabe disso. No mais, sou daqueles que se sentem elogiados quando recebe críticas de uma pessoa como essa. É sinal de que não mudei, embora muitos companheiros meus tenham mudado nos últimos anos.

Leia o que Narciso escreveu ao meu respeito.

A mais antiga das fraudes

O jornalista Leonildo Rosas, até prova em contrário, defendeu o voto dos defuntos. Senão, melhor explique-se.


Neste particular, que o louvemos, afinal de contas, o jornalista Leonildo Rosas continua sendo uma das raras criaturas que ainda vem demonstrando fidelidade à candidatura Sérgio Petecão. Ironia à parte, nem o próprio partido do pretenso candidato, o nanico PMN, parece coeso em favor dessa aparente aventura. Se o PMN não está, decerto, menos estará o PSB, outro partido que Sérgio Petecão, por ingenuidade ou ignorância política, já o tinha como favas contadas. A dupla Cosmo e Damião (lembram-se dela!) teve vida curtíssima. O PPS de Márcio Bittar, como era esperado, já anda atrás do PMDB, seu ex-partido, e do qual, até pouco tempo atrás, dizia as piores coisas. Em síntese: mais cedo que o esperado, Sérgio Petecão se vê só e abandonado.

Em meio a essa debandada o jornalista Leonildo Rosas, justiça seja feita, tem preservado uma qualidade cada vez mais rara no ambiente político, qual seja, a gratidão. Já que nos tempos das vacas gordas o então presidente da ALEAC, Sérgio Petecão, havia lhe dispensado o melhor tratamento, hoje, com a mesma moeda, tenta retribuí-lo.

Tudo, menos que para tanto se fizesse necessário apelar ao desespero, salvo melhores explicações, o que fez o citado jornalista quando saiu em defesa da presença dos mortos na relação dos eleitores potencialmente aptos a exercitarem seus votos. Que os aliados do deputado federal Sérgio Petecão, por óbvias e cristalinas razões, mantenham-se silentes quando o assunto diz respeito ao quesito “funcionários fantasmas”, até que se admite, mas sair em defesa de eleitores fantasmas, porque já mortos e enterrados, significa exumar, não os seus corpos, sim, a mais antiga fraude eleitoral que se tem notícia em nossa já tão depravada história político-eleitoral.

Se a FPA ou o PP temem almas e segundo turno e como tais coisas não me metem medo, porquanto serei capaz de visitar um cemitério à meia noite de uma sexta-feira 13, mesmo que seja na plenitude de um mês de agosto, de outro lado, porque afastado da política partidária, não estou minimamente interessado por essa ou aquela candidatura, entretanto, ao ouvir falar em eleitores fantasmas, devo confessar: deles não tenho medo, e sim, nojo.

Seja qual tenha sido o propósito do PP, ele se houve muito bem quando fez (ou mandou fazer) um levantamento dos eleitores mortos com o objetivo de excluí-los do universo dos eleitores que escolherão o futuro prefeito de Rio Branco. Não é demais lembrar que a mais grotesca e vergonhosa fraude do nosso sistema eleitoral se dava quando os defuntos acabavam votando, e mais presentemente se daria caso os eleitores mortos fossem contabilizados a fim de que Rio Branco atingisse os 200.000 eleitores.
Excluir os eleitores mortos das disputas eleitorais é, indiscutivelmente, uma atitude altamente moralizadora, e em assim sendo, não resta dúvidas, pareceu bastante desatinada, porque sequer poderíamos considerá-la como uma crítica, a censura que o jornalista Leonildo Rosas fez ao PP. Os mortos precisam ser respeitados, e em muitos casos, até reverenciados, jamais ser envolvidos com a corrupção eleitoral.

Custa-me crer que o prefeito Raimundo Angelim esteja preocupado com um hipotético segundo turno, até porque, pelo andar da carruagem, se dez turnos existissem, dez vitórias estariam a lhe esperar, não tão somente pela decente gestão que vem fazendo à frente da prefeitura de Rio Branco, e sim, porque concorrerá a sua reeleição tendo que enfrentar uma oposição altamente dividida e desorganizada, e acima de tudo, desprovida de líderes à altura de representá-la.

Chegar aos 200.000 eleitores é tudo que queremos para nossa capital, porquanto seria uma prova a mais do nosso efetivo crescimento, entretanto, seria coonestar com a fraude, se para tanto, os eleitores mortos vierem a ser contabilizados. O TRE-AC precisa ficar atento a esta questão, afinal de contas, pelo que se sabe forçar um segundo turno, ainda que, contando com os eleitores mortos, é uma das alternativas que vem sendo defendida por alguns dos pretensos candidatos.

Ao revelar que o PP tenta prejudicar, principalmente, o candidato Sérgio Petecão, o jornalista Leonildo Rosas foi muito além dos limites tolerados, enfim, acabou fazendo a defesa dos eleitores mortos, esquecendo-se que eles precisam tão somente de boas recordações, de rezas e de orações. Não se trata de ganhar ou de se perder no tapetão. O feio, extremamente feio, seja qual for o propósito, é fazer a defesa dos eleitores mortos, sobretudo para atender interesses subalternos.

Se os funcionários fantasmas contribuíram, decisivamente, com a estupenda votação obtida pelo candidato Sérgio Petecão quando disputou sua última eleição, o mesmo não ocorrerá quando da disputa pela prefeitura de Rio Branco. Chega de fantasmas! Sejam eleitores ou sejam funcionários.

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