quarta-feira, 2 de abril de 2008

O canal resistiu às críticas e às chuvasTem chovido bastante nos últimos dias.

É impossível ver tanta água passando pelo Canal da Maternidade sem lembrar quanta polêmica gerou essa obra.

Até hoje, a quem diga que o governador Edmundo Pinto foi assassinado, em março de 1992, porque iria denunciar o superfaturamento das obras de construção do canal.

Após assumir o governo em 1998, o ex-governador Jorge Viana conseguiu terminar o que os outros nem começaram. A inauguração ocorreu em setembro de 2002.

Aquele foi um ano de grande acirramento político. Dias antes da inauguração, os opositores do governo comemoraram quando choveu bastante, a água transbordou e parte do canal desmoronou. Soltaram até fogo.

Três anos depois, em fevereiro de 2005, as criticas perduravam.

Leia trecho de matéria publicada no jornal o Rio Branco, de propriedade do ex-adversário político do PT Narciso Mendes:

“Ao contrário, novas obras, que deveriam servir para mudar essa realidade, dotando a cidade da infra-estrutura necessária, como uma rede de drenagem e bueiros adequados, também não atendem à necessidade. Assim como a estrutura antiga da cidade, não suportam uma chuva de três horas.

Um exemplo dessas novas obras que não dispõem da infra-estrutura adequada é o Parque da Maternidade. Anunciada na propaganda governamental como a maior obra do Estado, mesmo sendo determinada pela Justiça e realizada com recursos do FGTS, o Parque não tem o que seria considerado básico, como o tratamento do esgoto, nem seus bueiros comportam o volume de água de uma chuva de cerca de três horas.

Sempre que há uma grande chuva em Rio Branco, fato já ocorrido diversas vezes em anos anteriores, os bueiros do Parque da Maternidade transbordam, inundando e interditando vias como a avenida Getúlio Vargas, uma das principais da Capital”.

Muita água caiu do céu e correu pelo canal até o Rio Acre ao longo desses quase seis anos. A obra, no entanto, permanece bonita e importante para a cidade.

O que mudou foram os políticos, que passaram a acreditar que águas passadas não movem moinhos.

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